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Calais: França quer que Reino Unido assuma parte dos custos do fluxo de refugiados no país

Ao mesmo tempo, o ministro do Interior francês, Gérard Collomb, já anunciou que a França vai começar a limitar a entrada de refugaidos, pois “é impossível acolhê-los dignamente”.
15 Janeiro 2018, 11h55

A França quer que o Reino Unido passe a dar um maior contributo financeiro para que o país possa lidar com os migrantes acampados na cidade francesa de Calais, que estão à espera de fazer a travessia para Londres. Ao mesmo tempo, o ministro do Interior francês, Gérard Collomb, já anunciou que a França vai começar a limitar a entrada de refugaidos, pois “é impossível acolhê-los dignamente”.

O presidente da França, Emmanuel Macron, vai esta terça-feira visitar o campo para refugiados que ficou conhecido como “a selva”, devido ao elevado número de requerentes de asilo aí concentrados. O campo chegou a ser símbolo dos problemas gerados pela imigração ilegal e, mesmo após a sua desmantelação no ano passado, continua a ser centenas as pessoas que aí se encontram acampadas.

Para dar resposta ao problema, Emmanuel Macron quer discutir com o Governo britânico de Theresa May a possibilidade de passarem a assumir parte dos custos envolvidos na gestão dos fluxos migratórios no norte do país. A reunião com Theresa May deve acontecer já na próxima quinta-feira, durante a cimeira franco-britânica.

A nova política de imigração do presidente francês deve levar também a uma diminuição no número de imigrantes económicos que vão poder dar entrada no país. “França deve acolher os refugiados, mas não pode acolher todos os migrantes económicos”, afirmou Gérard Collomb, em entrevista ao jornal ‘Le Parisien’.

A França tem milhares de migrantes a viver em acampamentos ou centros de concentração em Calais e Paris. Emmanuel Macron já anunciou que vai colocar mais 1.300 camas nos centros de acolhimento, que têm atualmente capacidade para acolher 80 mil pessoas.

 

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