A Câmara Municipal de Lisboa anunciou em comunicado que em plena quadra de santos populares, e com a sucessão de feriados nos próximos dias, “estão em vigor na cidade de Lisboa um conjunto de normas destinadas a evitar a realização de eventos ou o funcionamento de atividades que possam originar largas concentrações de pessoas e colocar em causa o cumprimento das regras da Direção Geral de Saúde em matéria de distanciamento social”.
Estas normas estão em vigor a partir de hoje 10 de junho e até dia 14, domingo, (inclusive).
Como já tinha sido notificado, todos os arraiais, marchas e desfiles estão proibidos. Mas acresce a isso outras restrições. Assim todos os estabelecimentos estão proibidos de instalar no espaço público novo mobiliário urbano como cadeiras, mesas e equipamentos de confeção de alimentos, como grelhadores ou fogareiros. Está proibido a expansão da área de esplanada.
Durante o período em que vigoram estas regras, as lojas de conveniência fecham às 16 horas para só poderem abrir às 8 horas do dia seguinte.
A venda de bebidas alcoólicas nas lojas das estações de serviço da cidade está proibida a partir das 16 horas e até às 10 horas do dia seguinte.
Os cafés, pastelarias e similares também vão ter horário especial. Fecham às 19h00 e só abrem às 8 horas do dia seguinte.
Os restaurantes vão ter igualmente restrições no horário de funcionamento. Fecham o mais tardar às zero horas e só podem abrir às 8 horas do dia seguinte. Neste último grupo de estabelecimentos também estão incluídas as Casas de Fado que não vão poder deixar entrar clientes a partir das 23 horas e encerram à meia-noite.
As autoridades de segurança vão estar em força nas ruas de Lisboa, com mais de 1000 agentes da Polícia Municipal e PSP, para fiscalizarem o cumprimento deste despacho com tolerância zero para quem não cumprir.
Isto acontece num dia em que a Direção Geral de Saúde anunciou que Portugal registou esta quarta-feira mais 294 casos de infecção pelo novo coronavírus (num total de 35.600), o que corresponde a um aumento de novos casos de 0,8%. Registaram-se mais cinco mortes no país (quatro delas em Lisboa e Vale do Tejo), contabilizando-se um total de 1497 vítimas mortais.
Dos 294 casos registados nas últimas 24 horas, 270 foram identificados na região de Lisboa e Vale do Tejo, o que corresponde a 92% do total de novos casos.
Os concelhos de Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Sintra concentram 90% dos novos casos verificados nas últimas 24 horas, “sendo que entre estes concelhos a situação começa a estar mais controlada em alguns deles”, explicou a ministra da Saúde, citada pela RTP. O concelho de Lisboa, “em termos de incidência por 100 mil habitantes é aquele que revela menor incidência, com 37,85”, acrescentou. O concelho da Amadora é o que inspira maiores cuidados, possuindo uma incidência de 99,6 por 100 mil habitantes. Os restantes concelhos situam-se todos na casa dos 60%, adiantou Marta Temido.
Segundo a DGS, por concelhos, Lisboa concentra o maior número de casos (com 2.751), seguindo-se Sintra (1.754 casos), Vila Nova de Gaia (1.592) e o Porto (1.414).
Foi entretanto nomeado um gabinete de intervenção para supressão da Covid-19 em Lisboa e Vale do Tejo. O gabinete é coordenado por Rui Portugal, médico de saúde pública desta região, e integrará todas as autoridades regionais e locais de saúde. Este gabinete é criado para identificar precocemente os novos casos e cadeias de transmissão, acompanhando os surtos ativos, a ministra da Saúde disse ter nomeado o gabinete regional de intervenção para a supressão da Covid-19 em Lisboa e Vale do Tejo, segundo a RTP.
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