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Candidaturas selecionadas para o Consolidar conhecidas em julho

Os programas Recapitalização Estratégica e Consolidar têm gerado grande interesse, diz a presidente da comissão executiva do Banco Português de Fomento, Beatriz Freitas, ao Jornal Económico.
2 Julho 2022, 18h00

Os programas Recapitalização Estratégica e Consolidar têm gerado grande interesse, diz a presidente da comissão executiva do Banco Português de Fomento, Beatriz Freitas, ao Jornal Económico. Vão ser lançados novos programas de investimento ainda em 2022.

Que papel desempenha o BPF no apoio à capitalização das empresas? Esse papel tem sido cumprido?
O papel do BPF no apoio à capitalização das empresas é desempenhado indiretamente, através dos diversos fundos que tem sob gestão, designadamente o Fundo de Capital & Quase Capital (FC&QC), o Fundo 200M e o Fundo de Inovação Social (FIS), criados pela IFD. Nesta área, o Fundo 200M e o FIS são fundos de coinvestimento que investem em conjunto com outros investidores privados, o primeiro mais dedicado a investimentos em PME nas fases de arranque e o segundo dedicado a PME que promovam iniciativas de impacto que tenham parecer positivo da Estrutura de Missão Portugal Inovação Social. Já o FC&QC atua como fundo de fundos, tendo compromissos no âmbito de linhas de fundos de capital de risco e de business angels, bem como três parcerias com o Fundo Europeu de Investimento, no âmbito das quais foram já criados diversos fundos de capital de risco dedicados às respetivas temáticas dessas parcerias (tecnologia, crescimento e economia azul).

Mais recentemente, foram também atribuídos ao BPF, no quadro do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), os mandatos para gerir o Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR), com uma dotação de até 1.300 milhões de euros, e o Fundo de Capitalização das Empresas dos Açores (FCE Açores), com uma dotação de até 125 milhões de euros. Estes dois fundos atuam através do lançamento de programas de investimento específicos, tendo já sido lançados dois programas pelo FdCR – Programa de Recapitalização Estratégica, com uma dotação de até 400 milhões de euros, e Programa Consolidar, com uma dotação de até 250 milhões de euros – e um programa pelo FCE Açores – Programa Capitalizar Açores, com uma dotação de até 80 milhões de euros. Ainda durante o ano de 2022 serão lançados novos programas de investimento por ambos os fundos.

Que balanço faz dos programas de Recapitalização Estratégica e Consolidar?
Estes dois programas do FdCR têm gerado grande interesse, não só pelo grande número de pedidos de esclarecimento e manifestações de interesse recebidos, mas também pelas candidaturas formalizadas a esses programas. Contamos anunciar, muito brevemente, as primeiras candidaturas aprovadas para o Programa de Recapitalização Estratégica, apresentadas na respetiva Janela B e seguindo a comunicação da Comissão Europeia relacionada com o Quadro Temporário de Auxílios de Estado Covid-19, cuja data limite é justamente hoje, dia 30 de junho. Quanto ao Programa Consolidar, estruturado numa lógica de fundo de fundos, como é sabido, foram formalizadas 33 candidaturas com intenções de investimento do FdCR superiores a 1.300 milhões de euros. Uma vez que a dotação deste programa era de até 250 milhões de euros, o BPF encontra-se agora na fase final de avaliação dessas candidaturas e, ainda durante o mês de julho, serão anunciadas as candidaturas selecionadas.

Como tem o contexto, nacional e internacional, influído na necessidade de capitalização das empresas?
As razões para a necessidade de recapitalização invocadas nas candidaturas apresentadas ao Programa de Recapitalização Estratégica são, transversalmente, os impactos sofridos, principalmente em 2020, mas também em 2021, pelas empresas, em resultado das medidas tomadas para o controlo da pandemia do Covid-19. Em alguns casos, são também invocados os aumentos de preços da energia e das matérias-primas e as disrupções nas cadeias logísticas registadas nos últimos meses e, menos frequentemente, os impactos da guerra na Ucrânia.

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