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Capgemini Portugal estima que receitas cresçam 16% em 2022 e tem 600 vagas de trabalho por preencher

A consultora tecnológica revelou ainda que está prestes a lançar o quarto laboratório de investigação no país, que será dedicado à cibersegurança da computação quântica e para a qual estão alocados cinco doutorados.
27 Setembro 2022, 18h00

A subsidiária portuguesa da Capgemini, consultora tecnológica com sede em França, prevê fechar este ano com um crescimento na faturação de 16% comparativamente a 2021, quando registou receitas de 162 milhões de euros, e um aumento de 18% no número de colaboradores, que lhe permitirá atingir os 4 mil trabalhadores no país.

Apesar da crise económica, a Capgemini Portugal mantém-se otimista na subida a dois dígitos quer “por faltarem três meses para dezembro” quer por ter expandido o negócio e recursos de forma cautelosa ao longo dos últimos anos, o que impede um cenário de cortes como está a acontecer em diversos concorrentes.

Aliás, tem 600 vagas de emprego por preencher neste momento até ao final do ano “se for possível”, reconheceu esta terça-feira Cristina Rodrigues, administradora-delegada e membro do conselho de administração da Capgemini Portugal, num evento com jornalistas organizado para apresentar a nova estrutura organizacional, resultante da conclusão do processo de aquisição da Altran e da consequente criação da marca Capgemini Engineering.

“Vamos crescer, embora as tecnológicas não sejam exceção à crise decorrente da situação geopolítica. Fomos criando mecanismos de proteção e desde 2017 que crescemos cerca de 20% ao ano”, disse Cristina Rodrigues, na sessão que se realizou esta terça-feira na Pousada de Lisboa.

Presente em Portugal há 25 anos, mais precisamente desde fevereiro de 1997, a Capgemini Portugal tem hoje uma equipa de 3.600 profissionais de 49 nacionalidades distintas, seis escritórios (Lisboa, Porto, Fundão e Évora), quatro “Labs” (de Mobilidade, 5G, Media e “Quantum”), dois hubs (de CRM – Customer Relationship Management com Salesforce e Dynamics e de low code com Outsystems).

Segundo Cristina Rodrigues, “em Portugal, como de resto em todo o mundo, temos tido um percurso de crescimento e para podermos responder ao aumento das solicitações dos nossos clientes, que decorrem da acelerada transformação digital em curso, temos vindo a aumentar a nossa equipa com mais especialistas”. “Este ano a nossa ambição é chegarmos ao final do ano com mais de 4 mil colaboradores”, reforça.

A nova estrutura da empresa, além da área de Funções de Suporte Global (Jurídico, Financeiro, Recursos Huamanos, Marketing e Comunicação, Procurement e Tecnologias da Informação) conta com a área de ABL – Application Business Lines (Serviços de Gestão de Aplicações, Cloud & Customer Applications e Experiência do Cliente Digital) e com a referida Capgemini Engineering, que agrega a oferta de Intelligent Industry e Engenharia e R&D e é liderada pela engenheira Maria da Luz Penedos.

“O mercado português é pequeno e compete com as outras empresas internacionais, mas nós também vamos buscar os recursos onde achamos mais apetecível e onde existem competências, como é o caso do Brasil, do México e da Argentina”, comentou a diretora geral da Capgemini Engineering, em declarações aos meios de comunicação social em relação à guerra do talento tecnológico.

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