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Cápsula do tempo: passaram 15 anos sobre os 15 tiros que mataram Savimbi

O líder da UNITA, é morto em Angola por tropas governamentais no dia 22 de fevereiro de 2002.
22 Fevereiro 2017, 07h40

Depois de 16 anos de guerra civil em Angola, Jonas Savimbi regressou pela primeira vez a Luanda a 29 de setembro de 1991, na sequência dos acordos de paz assinados em Bicesse, para preparar as eleições do ano seguinte. Ficou a morar na zona nobre do Miramar, numa das áreas disponibilizadas à União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) pelo Governo.

O conforto era aparente. Após a leitura dos resultados das eleições gerais de 29 e 30 de setembro de 1992, ganhou força os rumores de que estava a ser preparado um atentado contra Savimbi. O líder da Unita despediu-se de Luanda e partiu para o Huambo – intercalada por frágeis períodos de paz, o reinício da guerra civil estava próximo.

Nascido em Munhango, na província do Bié, em 1934, Savimbi era filho de Loth Malheiro Savimbi, funcionário dos Caminhos de Ferro de Benguela e pastor evangélico, e de Helena Mbundu Sakatu.

Os primeiros estudos foram feitos em escolas missionárias e em 1958 ganhou uma bolsa de estudo, terminando o ensino secundário no Liceu Passos Manuel, em Lisboa, tendo ainda frequentado durante dois anos a Faculdade de Medicina.

Morreu a 22 de fevereiro de 2002, aos 67 anos, na província do Moxico, depois de uma ofensiva das tropas governamentais: foi derrubado por 15 tiros próximo do rio Lungué Bungo.

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