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Careem, a Uber do Médio Oriente que prospera com a proibição da condução de automóveis por mulheres

A Careem Networks opera em 13 países e 80 cidades, do Norte de África ao Médio Oriente. O seu maior mercado é a Arábia Saudita, onde as mulheres ainda não podem conduzir automóveis e os táxis, conduzidos por homens, são pouco seguros.
3 Fevereiro 2018, 18h32

Criada há cinco anos e baseada no Dubai, a Careem Networks opera em 80 cidades de 13 países entre o Norte de África e o Médio Oriente. Trata-se de uma empresa em franca expansão e que oferece um serviço de transporte similar à Uber, mas adaptado às especificidades destas regiões e culturas, onde é líder de mercado.

“Tem obtido melhores resultados em países com insuficientes opções de transportes públicos e onde grande parte da respetiva população não pode conduzir por lei, ou simplesmente não conduz”, destaca a revista “Bloomberg Businessweek”. Não por acaso, o seu maior mercado é a Arábia Saudita, onde as mulheres ainda não podem conduzir.

Embora não conduzam, as mulheres sauditas podem utilizar táxis conduzidos por homens. O problema é que esses táxis são caros e nem sempre são seguros. Daí que quatro em cada cinco mulheres sauditas já tenha recorrido ao serviço Careem, informa a revista. O objetivo da empresa consiste em “providenciar uma viagem segura, sem preocupações, às mulheres, especialmente na Arábia Saudita”, declara o presidente executivo Mudassir Sheikha.

O reino da Arábia Saudita prepara-se entretanto para aliviar as restrições impostas às mulheres, nomeadamente ao nível da condução de automóveis. Mas Sheikha acredita que essa mudança vai tornar a Careem mais apelativa, e não menos, através de uma maior liberdade para as mulheres. Tanto a Careem como a Uber, aliás, já estão a recrutar mulheres condutoras para os seus serviços, antecipando a entrada em vigor da nova lei.

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