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Carteira de crédito da SOFID cresce 36%. Procura das empresas ultrapassa capacidade de resposta

A instituição financeira para o desenvolvimento de Portugal regista um crescimento da carteira de crédito, mas avisa que o aumento da procura de crédito para processos de internacionalização das empresas põe em risco a capacidade de resposta.
2 Julho 2022, 14h12

A instituição financeira para o desenvolvimento de Portugal, SOFID, informa numa nota enviada à comunicação social que terminou o primeiro semestre de 2022 com o cumprimento de 81% do seu planeamento anual relativo à atividade de crédito.

Apesar do aumento da incerteza e da volatilidade dos mercados, o processo em curso de relocalização das cadeias de produção e de fornecimento do setor automóvel e a retoma da atividade de construção de infraestrutura e obras públicas foram as maiores fontes do dinamismo verificado na procura de financiamento junto da SOFID, confirma a instituição.

Nos próximos meses, com as operações já aprovadas, a SOFID prevê uma decisão sobre os projetos em análise cujo atual volume aponta para um overbooking de 80%, em virtude das atuais circunstância de disponibilidade de crédito.

O administrador executivo da SOFID, Vasco Vilela, diz que a divulgação representa “boas e más notícias”. Por um lado, aquele que classifica como “o maior crescimento de sempre” da carteira de crédito da SOFID significa que a instituição está “a cumprir a sua missão”. Por outro, avisa, o aumento da procura de financiamento à internacionalização não está “a conseguir encontrar a necessária oferta”. Vilela diz ainda que 80% das empresas interessadas não encontrará os fundos necessários, pelo menos para já.

A SOFID opera no mercado de crédito, focada sobretudo na internacionalização das empresas nacionais para outros mercados, como o africano e sul-americana. Contudo, a instituição sublinha que está “numa busca permanente de soluções alternativas de funding”, nomeada junto do Banco Português de Fomento. “Este é o momento errado para pouparmos esforços no atendimento aos nossos clientes”, considera o Vasco Vilela.

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