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Casa Branca admite riscos de recessão com inflação elevada (com áudio)

Diretor do Conselho Económico Nacional da Casa Branca, Brian Deese, reconheceu que é sempre possível que a economia norte-ameticana mergulhe numa recessão, dados os desafios globais e as medidas monetárias tomadas para fazer face à elevada taxa de inflação, a mais alta desde o início dos anos 80 do século passado.
22 Maio 2022, 19h41

A Administração dos Estados Unidos da América (EUA) reconheceu que existem “riscos” de recessão, ao mesmo tempo que o país vive uma elevada inflação, e sublinhou que a economia está num período de “transição” após o impacto da pandemia de Covid-19.
Numa entrevista à cadeia de televisão CNN, o diretor do Conselho Económico Nacional da Casa Branca, Brian Deese, reconheceu, sobre a possibilidade de uma recessão, que “há sempre riscos”, dados os desafios globais e as medidas monetárias tomadas para fazer face à elevada taxa de inflação nos Estados Unidos, a mais alta desde o início dos anos 80 do século passado.
“A nossa economia está a transitar daquela que tem sido a recuperação mais forte da história moderna dos Estados Unidos para o que pode ser um período de crescimento mais estável e resiliente que funciona melhor para as famílias”, disse.
A Reserva Federal, o banco central dos Estados Unidos, manteve as taxas de juro diretoras entre 0% e 0,25% durante dois anos para estimular a economia, mas este ano inverteu esta política e já aprovou dois aumentos consecutivos para conter a subida dos preços. Assim, a taxa de juro oficial da maior economia do mundo está entre 0,75% e 1%, prevendo-se aumentos adicionais no preço do dinheiro nos EUA, nos próximos meses.
Deese sublinhou que é necessário dar à Reserva Federal “independência” para fazer o seu trabalho, notando que “tem os instrumentos para combater a inflação”.
De acordo com os dados do Departamento de Comércio, a inflação nos Estados Unidos mantém-se em níveis não observados há 40 anos, embora tenha moderado ligeiramente em abril, para 8,3%, menos duas décimas do que em março.
Entretanto, a taxa de desemprego nos Estados Unidos, em abril, situou-se em 3,6%, a mais baixa em dois anos.

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