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CDS-PP vai pedir à ERC para regular procedimentos das empresas de sondagens

A direção do CDS-PP diz-se vítima de sucessivos erros das sondagens, que já por várias vezes apontaram para “a morte do partido”, e sublinha que “erros repetidos sistematicamente deixam de ser apenas erros”.
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1 Novembro 2020, 20h35

O CDS-PP anunciou este domingo que irá pedir à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) para que tome medidas para regular o funcionamento dos procedimentos das empresas de sondagens. A direção do CDS-PP diz-se vítima de sucessivos erros das sondagens, que já por várias vezes apontaram para “a morte do partido”, e sublinha que “erros repetidos sistematicamente deixam de ser apenas erros”.

“Os portugueses não merecem ser enganados por estes malabarismos. Nesse sentido, o CDS-PP vai apelar à ERC que tome as medidas que se impõem para regular o funcionamento dos procedimentos das empresas de sondagens, para evitar truques, falta de rigor e disparates como os que lemos hoje”, refere o vice-presidente democrata-cristão António Carlos Monteiro, num comunicado enviado às redações.

O vice-presidente do CDS-PP denuncia que as sondagens têm sido feitas “à medida de quem interessa” e que lembra que já no passado, em 2009, o partido dizia sobre as sondagens: “ou há erro ou má fé”. “Ora, erros repetidos sistematicamente contra o CDS-PP deixam de ser apenas erros”, indica.

“Anunciar a morte do CDS-PP até pode ser um desporto que agrade a alguns, a avaliar pelos praticantes da modalidade nos últimos 45 anos. O problema é que, ainda há uma semana, as eleições nos Açores desmentiram essa morte e, uma vez mais, mostraram que estamos vivos, ainda com mais força e determinação no caminho que queremos para Portugal”, realça António Carlos Monteiro.

Apontando diretamente o dedo à Aximage, o partido diz que a empresa “em vez de aprender com os erros e de pedir desculpas”, “reitera o erro das suas sondagens”. Na sondagem publicada este domingo, o CDS-PP aparece em último lugar nas intenções de voto entre os partidos com representação parlamentar, com apenas 1,2% das preferências dos eleitores. Também o líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, recua na confiança dos eleitores para os 10%.

“Devia ter corado de vergonha quando se descobriu que o seu director técnico era conselheiro de Luís Filipe Vieira e dirigiu uma ‘sondagem esmagadora’ para o ajudar a ganhar as eleições no Benfica, também contrariada nas urnas. Mais grave ainda e tecnicamente censurável, foi ter aproveitado a mesma amostra daquela sondagem, feita à medida, para castigar o CDS que tinha criticado a promiscuidade entre política e futebol naquelas eleições”, acusa ainda.

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