A quarta semana de junho foi de “manutenção do crescimento” da atividade económica em Portugal, continuando acima do período homólogo de 2019. A tendência foi antecipada pelo governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, esta quarta-feira, relativamente ao indicador diário de atividade económica (DEI) que será divulgado pelo regulador amanhã.
“Durante os meses de abril, maio e junho a economia portuguesa está a crescer, segundo esse indicador [DEI], acima de 2019. Este comportamento tem mostrado bastante resiliência, semana após semana”, disse Mário Centeno, durante uma audição na Comissão de Orçamento e Finanças (COF), explicando que os dados que vão ser publicado esta quinta-feira pelo BdP “mostram, para a última semana disponível, de junho, uma manutenção do crescimento acima do valor de 2019”.
O governador do BdP assinalou que o DEI é acompanhado pelos indicadores de confiança, “que bateram todas as nossas expectativas” e revelam “uma recuperação em maio e confirmada em junho”.
“Os níveis de confiança quer dos consumidores, quer de qualquer nível de atividade, estão acima de qualquer nível de confiança já registado, nalguns casos desde o ano 2000. Uma recuperação muito significativa”, afirmou, salientando “há uma recuperação muito significativa da economia portuguesa desde a segunda quinzena de março, quando foi determinado o processo de desconfinamento”.
Os dados publicados na semana passada revelaram que o DEI tinha estabilizado na semana terminada em 20 de junho, face à semana anterior.
O DEI foi lançado pelo BdP para acompanhar os desenvolvimentos económicos de muito curto prazo, sendo divulgado todas as quintas-feiras, baseando-se em informação como o tráfego rodoviário de veículos comerciais pesados nas autoestradas, consumo de eletricidade e de gás natural, carga e correio desembarcados nos aeroportos nacionais e compras efetuadas com cartões em Portugal por residentes e não residentes.
Dado que o indicador é calculado com base no período homólogo e que, há um ano atrás, o país se encontrava já condicionado pela pandemia, o banco central inclui na análise o ano de 2019, de forma a eliminar um efeito base nos dados referentes a 2021.
“Tem sido um instrumento valioso no acompanhamento da economia portuguesa”, afirmou Mário Centeno.
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