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Centeno: Trajetória de redução da dívida “determinará sucesso da economia portuguesa”

Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, afirma que uma trajetória de redução da dívida pública “é muito importante e determinará muito do sucesso da economia portuguesa”.
20 Maio 2022, 12h37

Portugal retomou a redução da dívida pública, depois de a crise pandémica ter interrompido o caminho que estava a ser feito. Será esta trajetória, diz Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, que irá determinar o sucesso da economia nacional.

“A pandemia implicou – e não devemos ficar demasiado preocupados com isso – um aumento da dívida” e esse “aumento foi mais elevado nos países que já registavam níveis de dívida superiores”, nomeadamente Portugal, afirmou Mário Centeno na conferência “O Orçamento do Estado para 2022”, organizada pela Ordem dos Economistas em parceria com o Institute of Public Policy, que tem o Jornal Económico como media partner.

Ainda assim, disse o governador do Banco de Portugal, “as perspetivas atuais e as estimativas dos próximos anos” mostram que “é precisamente nestes países em que a reversão se está a fazer de forma mais rápida”, notando que “Portugal assume mais uma vez um papel de destaque na redução da dívida pública”, o que “significa que temos boas perspetivas de retomar uma trajetória particularmente virtuosa”.

“Esta trajetória é muito importante e determinará muito do sucesso da economia portuguesa”, sublinhou Mário Centeno.

Na mesma conferência realizada esta sexta-feira, Fernando Medina, ministro das Finanças, enfatizou que, apesar das regras orçamentais estarem suspensas, é preciso acelerar o cumprimento do objetivo de retirar Portugal da lista dos países mais endividados. Pois, referiu, finanças públicas mais equilibradas são a melhor forma de “manutenção do poder de compra das famílias”.

“Daí a importância em não abrandar, direi mesmo, em acelerar o cumprimento deste objetivo, que é um objetivo estratégico para o país, que é retirar Portugal da lista do top dos países com maior dívida pública da Europa”, referiu Medina, notando que o Governo não faz isso para ser “bom aluno”, mas “porque é a melhor forma de defender a economia e assegurar margem para futuro”.

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