A Euronext, gestora de bolsas de valores como a portuguesa, renovou a aposta nas empresas tecnológicas com a quarta edição do TechShare. O programa pan-europeu, que tem como objetivo aproximar as empresas do setor do mercado de capitais, conta este ano com nove tecnológicas portuguesas.
“O nosso papel é ajudar a economia real e as tecnológicas são as empresas com ambições de crescer e são as que vão precisar de financiamento”, explicou o CEO da Euronext, Paulo Rodrigues da Silva, no lançamento da iniciativa, esta sexta-feira. “Estamos empenhados nestes programas porque consideramos que são essenciais para se perceber o que é entrar e estar em bolsa”.
As atividades tiveram início em setembro com um encontro de todos os participantes em Paris. O lançamento em Portugal aconteceu esta sexta-feira, dando início ao programa que inclui aconselhamento ao longo de seis meses com quatro parceiros: o banco de investimento BPI, a consultora financeira KPMG, a sociedade de advogados MLGTSS e a agência de comunicação Corpcom.
Haverá ainda dois outros encontros internacionais. Para participar, as empresas são selecionadas pelo pendor inovador e potencial de crescimento e que ponderem a entrada em bolsa a médio prazo, de setores como a tecnologia digital, ciências da vida ou cleantech.
Na edição de 2018 – 2019 do TechShare estão inscritas 135 empresas de oito países: Portugal, Bélgica, França e Holanda (cujas bolsas são geridas pela Euronext), bem como Alemanha, Espanha, Itália e Suíça (TechHubs). As nove empresas portuguesas são a Crioestaminal, a Wine with Spirit, a Sensei, a InnoWave, a Viva Superstars, a Void Software, a Video Observer, a PICadvanced e a Heptasense.
Os empreendedores poderão avaliar a oportunidade de admissão em bolsa, sendo que das três edições anteriores, já resultaram quatro entradas em bolsa: das francesas Theranexus, Balyo, Osmozis e Oxatis na Euronext Paris.
“A geografia em si não é importante, mas sim a capacidade de criar valor”, afirmou Filipa Franco, head of listing, lembrando que a Euronext funciona como uma plataforma de negociação única em vários países.
“É isso que os investidores procuram”, sublinhou, acrescentando que a base superior a mil investidores internacionais permite às empresas conseguirem a diversidade que considera necessária à negociação em bolsa.
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