Numa altura em que a Galp Energia já atingiu fluxo de caixa positivo e em crescimento, um dos grandes temas em debate no Capital Markets Day da empresa em Londres esta terça-feira foi o equilíbrio entre o reinvestimento e a fatia dos lucros a devolver ao acionistas na forma de dividendos.
Carlos Gomes da Silva, CEO da petrolífera, expôs o dilema: “em relação aos dividendos, há sempre duas abordagens, aqueles que preferem o reinvestimento do free cash flow e os outros, que preferem pagar mais dividendos”.
A Galp anunciou que vai propor à Assembleia Geral um aumento de 10% no dividendo a pagar aos acionistas em relação ao exercício de 2017, ou seja vai pagar um dividendo de 0,55 euros por ação.
No plano anunciado no ano passado, a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva tinha prometido um dividendo flat de 0,50 euros por ação por ano até 2021, mas adiantou na altura que esse valor era um floor, ou seja, um mínimo.
“Tendo em conta as boas condições macroeconómicas que tivemos no ano passado e o bom desempenho que conseguimos, com o breakeven do free cash flow antes do prazo previsto, pusemos-nos numa posição na qual quase que fomos obrigados a aumentar o dividendo”, frisou Gomes da Silva.
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