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CEOs norte-americanos cortam remuneração variável em 2023 para enfrentar a crise

Os CEOs da Apple, Intel, Goldman Sachs, Morgan Stanley, Alphabet (Google) e do JP Morgan são os seis Chief Executive Officer que aceitaram receber menos por causa da crise, segundo um artigo da Business Insider.
6 Fevereiro 2023, 13h27

De acordo com um trabalho da publicação Business Insider, há seis presidentes executivos (CEO) de grandes empresas dos Estados Unidos que aceitaram um corte na sua remuneração (na componente variável) em 2023 para evitar mais demissões e enfrentar tempos difíceis.

O CEO da Apple, Tim Cook; o CEO da Intel Pat Gelsinger;  o CEO do Goldman Sachs David Solomon; o CEO da Morgan Stanley, James Gorman; o CEO da Alphabet (Google), Sundar Pichai e o CEO do JP Morgan Jamie Dimon, são os seis Chief Executive Officer que aceitaram receber menos por causa da crise.

O CEO da Apple, Tim Cook, está a fazer um corte salarial de 40% em 2023, elevando o seu salário anual para 49 milhões de dólares (45,5 milhões de euros).

Em 2022, alguns investidores da Apple foram instigados a votar contra o pacote salarial de quase 100 milhões de dólares da Cook por uma empresa de consultoria que assessorava acionistas.

A mesma publicação anglo-saxónica revela que o CEO da Intel, Pat Gelsinger, anunciou a 1 de Fevereiro que este ano iria aceitar uma redução salarial de 25%, como parte de um esforço para cortar custos e evitar despedimentos na empresa.

Assim Gelsinger junta-se a outros executivos de topo da Intel, que também estão a fazer cortes salariais que vão de 5% a 15%.

“Estas mudanças são concebidas para ter um impacto mais significativo na nossa gestão executiva e ajudar a apoiar os investimentos e o quadro de pessoal global necessário para acelerar a nossa transformação e alcançar a nossa estratégia a longo prazo”, disse um porta-voz da Intel à Business Insider.

Também o CEO do banco norte-americano Goldman Sachs, David Solomon, sofreu um corte de 30% no salário em 2022, baixando a remuneração anual para 25 milhões de dólares.

O seu salário-base permaneceu inalterado nos 2 milhões de dólares, mas relativamente a 2022 recebeu 23 milhões de dólares (21,4 milhões de euros) em remuneração variável anual, abaixo dos 33 milhões de dólares (31 milhões de euros) no ano anterior.

A redução ocorre numa altura em que o banco enfrenta ventos económicos contrários que o levou a demitir 6,5% de sua força de trabalho global.

Noutro grande banco dos EUA, o CEO da Morgan Stanley, James Gorman, também sofreu um corte de 10% no salário em 2022, levando para casa um total de 31,5 milhões de dólares.

A redução salarial é a resposta a “um ambiente económico e de mercado desafiante” que “não foi tão forte como no ano anterior em que o banco alcançou um desempenho financeiro recorde”, disse o gigante financeiro, segundo a Bloomberg. A einstituição despediu 2% da sua força de trabalho global em 2022, ou seja, uma estimativa de 81.000 empregados.

Já o CEO da Google (da Alphabet) Sundar Pichai, disse internamente, em Janeiro, que os executivos de topo irão sofrer uma “redução muito significativa no seu bónus anual”, mas não especificou quanto ou por quanto tempo. Pichai disse durante uma reunião de quadros que os cortes estão “directamente ligados ao desempenho da empresa”, segundo a publicação.

Os seus comentários surgem pouco depois de a empresa ter anunciado que está a despedir 6% dos seus funcionários, ou seja, uma estimativa de 12.000 funcionários.

Por fim o CEO do JPMorgan Jamie Dimon também está na lista. Pois, embora o CEO do banco tenha recebido o mesmo salário de 34,5 milhões de dólares em 2022 e em 2021, o ano passado marcou uma diferença notável no facto de já não lhe ter sido atribuído um “prémio especial” de milhões.

A Business Insider relata que em Janeiro, a administração do JPMorgan se comprometeu em não atribuir nenhum prémio especial ao CEO no futuro. O compromisso ocorreu após protestos sobre o salário de  Jamie Dimon que somou 84,4 milhões de dólares em 2021, dos quais 52,6 milhões de dólares vieram de prémios com o opções, de acordo com Marketwatch.

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