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Chamadas de telemarketing estão a cansar os portugueses

No ano passado, as reclamações no Portal da Queixa contra as chamadas de telemarketing aumentaram 178% comparativamente a 2015.
  • Brian Snyder/Reuters
22 Fevereiro 2017, 08h13

Os portugueses têm apresentado cada vez mais reclamações em relação às chamadas que recebem e as quais não esperavam: os telefonemas associados a práticas comerciais de telemarketing. No período de um ano, os protestos no Portal da Queixa praticamente triplicaram.

No ano passado, as reclamações contra as chamadas de telemarketing nesta plataforma online, que liga os consumidores às empresas, aumentaram 178% comparativamente a 2015. Ao “Jornal de Notícias”, a Proteção de Dados (CNPD) reconheceu que existe a tendência de crescimento no número de queixas.

“Primeiro, as pessoas queixavam-se dos emails promocionais. Agora, a área do telemarketing suscita mais queixas”, esclarece Clara Guerra, porta-voz da CNPD, ao JN.

O Portal da Queixa totaliza 637 reclamações sobre este tipo de chamadas só em 2016, o que corresponde a aproximadamente duas por dia. Em 2016, a atividade dos “call centers” prevê receitas de 540 milhões de euros, uma subida de 2% face a 2015, revela o mais recente estudo ‘Setores Portugal Call Centers’, publicado no final de janeiro pela Informa D&B.

O ano de 2015 registou receitas no valor de 530 milhões de euros, um crescimento de 3,5% face a 2014. Quanto aos serviços de atendimento telefónico, o montante rondou os 347 milhões de euros, representando dois terços da faturação total. O estudo revela que as cinco principais empresas do setor detêm uma quota de mercado conjunta superior a 70%.

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