Lai fará uma escala em Nova Iorque antes de chegar ao Paraguai – um dos 13 países que têm laços oficiais com Taiwan – para assistir à tomada de posse de Santiago Pena como Presidente, e depois fará uma paragem em São Francisco na viagem de regresso.
De acordo com Pequim, Lai está “à procura de problemas” com as escalas nos Estados Unidos, com a China a entender que se trata de “uma desculpa para se envolver em atividades políticas”.
“Isto viola o princípio de ‘Uma só China’ e prejudica gravemente a soberania e a integridade territorial da China”, alegou Pequim , acrescentando que “os factos provam mais uma vez que a causa das tensões no Estreito de Taiwan é a insistência das autoridades taiwanesas em confiar nos Estados Unidos para procurar a ‘independência’, bem como a insistência de Washington em ‘usar Taiwan para conter a China'”, acrescenta-se na mesma nota.
O ministério instou os EUA a pôr fim a “qualquer contacto oficial com Taiwan” e a “deixar de apoiar quaisquer forças separatistas taiwanesas”.
“A China está a acompanhar de perto a situação e tomará medidas resolutas para salvaguardar a sua soberania e integridade territorial”, conclui Pequim.
Em abril, a China realizou três dias de exercícios militares depois de a Presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, se ter encontrado com o líder da Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA, Kevin McCarthy, na Califórnia, no regresso de uma viagem à Guatemala e ao Belize.
Por seu lado, Taipé tentou minimizar o significado da paragem de Lai, sublinhando que já tinha acontecido antes, e apelou a Pequim para que não “exagerasse”.
De acordo com o Governo de Taiwan, a China poderá efetuar manobras perto de Taiwan na próxima semana “utilizando a escala como pretexto para intimidar os eleitores antes das eleições do próximo ano”.
As tensões entre Taipé e Pequim, que se mantêm desde a chegada de Tsai ao poder em 2016, aumentaram no verão passado devido à visita da então líder da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, fortemente contestada pelas autoridades chinesas, que a classificaram como uma “farsa” e uma “traição deplorável”.
Desde essa visita, os aviões militares chineses têm atravessado constantemente o estreito de Taiwan.
A China reivindica a soberania sobre Taiwan, um território que considera uma “província rebelde” desde que os nacionalistas do Kuomintang ali se refugiaram em 1949, depois de terem perdido a guerra contra o exército comunista.
A ilha autónoma é uma das principais fontes de atrito entre a China e os EUA, uma vez que os EUA são o principal fornecedor de armas de Taiwan.
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