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China faz propaganda à sua frota naval usando imagens de navios norte-americanos

O caso motivou uma série de críticas e piadas na internet e o ministro da Defesa chinês viu-se obrigado a emitir um comunicado “com um pedido de desculpas sentido” e “uma manifestação sincera de arrependimento”.
  • Stringer/REUTERS
2 Maio 2017, 13h52

A comemoração do 68º aniversário da Marinha chinesa, no fim-de-semana passado, ficou marcada por uma nova polémica relacionada com o uso do programa de edição Photoshop para aumentar o poderio e soberania militar da China. Utilizando a rede social Weibo (uma espécie de Twitter chinês), o ministro da Defesa, Chang Wanquan, publicou, como forma de propaganda, uma imagem do Liaoning, o primeiro porta-aviões construído no país, lado a lado com outros navios que, no entanto, não são chineses.

A imagem publicada mostra um porta-aviões chinês, dois navios, quatro aviões de combate e dois submarinos. Depois de terem sido colocadas questões quanto à autenticidade das alegações de posse chinesas, veio a confirmar-se que os dois navios eram, na realidade, norte-americanos. Também um dos aviões na imagem (caça MiG-35) não era chinês mas sim russo.

O caso motivou uma série de críticas e piadas na internet e o ministro da Defesa chinês viu-se obrigado a emitir um comunicado “com um pedido de desculpas sentido” e “uma manifestação sincera de arrependimento”, por o cartaz não ser “rigoroso”. Chang Wanquan agradeceu ainda as críticas e a “preocupação” nas redes sociais e assegurou que o responsável pelo cartaz – o editor – será responsabilizado.

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