A principal prioridade de Pequim em qualquer fase de um acordo comercial com os Estados Unidos é retirar as tarifas existentes sobre produtos chineses, revela este domingo a agência “Reuters”, citando “Global Times” da China.
Fontes com conhecimento direto das negociações comerciais disseram ao “Global Times” no sábado que “os Estados Unidos devem retirar as tarifas existentes, e não as planeaadas, como parte do acordo”.
O mesmo jornal também citou outra fonte não identificada próxima às negociações, dizendo que as autoridades americanas estavam a resistir a essa exigência porque as tarifas são a sua única arma na guerra comercial e desistir disso significaria uma “rendição”.
Na terça-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, referiu que Washington estava no “ponto final” de um acordo que visava neutralizar uma guerra comercial de 16 meses com a China, alguns dias depois do presidente chinês Xi Jinping expressar o seu desejo de um acordo comercial.
Fontes próximas à Casa Branca disseram à “Reuters” no mês passado, que a assinatura do contrato da primeira fase poderá não ocorrer até ao ano novo, ao contrário do que se esperava inicialmente de que o acordo fosse concluído até ao final de novembro.
O presidente do Comité de Finanças do Senado dos EUA, Chuck Grassley, informou os repórteres na terça-feira que Pequim convidou o representante comercial dos Estados Unidos Robert Lighthizer e o secretário do Tesouro Steven Mnuchin para conversas pessoais em Pequim.
Grassley disse que Lighthizer e Mnuchin estavam dispostos a partir caso vissem “uma oportunidade real de conseguirem um acordo final”.
Uma fonte próxima das negociações comerciais também disse à “Reuters” que as autoridades americanas poderiam viajar para a China após o feriado de Ação de Graças de quinta-feira nos Estados Unidos.
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