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Cimeira da NATO termina hoje depois de declarar Rússia maior ameaça (com áudio)

Numa cimeira dominada e condicionada pela ofensiva russa à Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, a agenda do segundo e último dia de trabalhos do encontro da Organização do Tratado do Atlântico Norte termina com uma sessão na qual vários países, como é o caso da anfitriã Espanha, esperam que os 30 chefes de Estado e de governo olhem para o designado “flanco sul”.
30 Junho 2022, 07h39

A cimeira da NATO termina na quinta-feira em Madrid já com um novo Conceito Estratégico aprovado para a próxima década, no qual declara a Rússia como a maior e mais direta ameaça à segurança da Aliança Atlântica.

Numa cimeira dominada e condicionada pela ofensiva russa à Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, a agenda do segundo e último dia de trabalhos do encontro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) termina com uma sessão na qual vários países, como é o caso da anfitriã Espanha, esperam que os 30 chefes de Estado e de governo olhem para o designado “flanco sul”.

Estes países têm insistido para a NATO não ignorar “ameaças e desafios” oriundos do Médio Oriente ou do norte de África, em especial, da região africana do Sahel, e que estão relacionados com movimentos de imigração ilegal ou grupos terroristas.

Na quarta-feira, os líderes da NATO aprovaram um novo Conceito Estratégico para a organização, para a próxima década, e divulgaram a Declaração da Cimeira de Madrid, documentos em que definem a Rússia como a maior e mais direta ameaça à segurança dos países da aliança militar. Pela primeira vez, a estratégia da NATO a dez anos tem também uma referência à China. Estes países insistem na abordagem e estratégia a 360 graus, mesmo reconhecendo o protagonismo que ganhou o lado leste, por causa da Rússia.

Ainda na quarta-feira, a NATO reiterou o apoio à Ucrânia e desbloqueou um novo pacote de ajuda integral a Kiev, assim como ajudas a países como a Moldávia, Geórgia e Bósnia-Herzegovina.

No primeiro dia da cimeira, a NATO confirmou o reforço das suas forças no leste europeu e o aumento das tropas em prontidão (de reação rápida) de 40 mil para mais de 300 mil militares.

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