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CIP defende redução dos impostos sobre os combustíveis

“Diria que esta situação extraordinária exige extraordinária redução do ISP”, referiu esta terça-feira António Saraiva, antes do encontro com o Governo na concertação social.
8 Março 2022, 17h20

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) defendeu esta terça-feira, antes da reunião da concertação social, a redução dos impostos sobre os combustíveis, num dia em que os preços do petróleo estão em máximos de 14 anos e ultrapassaram os 130 dólares por barril.

“Os impostos que temos sobre os combustíveis, a enorme fatia de impostos que integram a composição do preço dos combustíveis, tem de ser amenizada. Diria que esta situação extraordinária exige extraordinária redução do ISP [Imposto sobre Produtos Petrolíferos]”, referiu António Saraiva, em declarações aos meios de comunicação social, antes do encontro com o Governo.

O Governo e os parceiros sociais estão reunidos esta tarde, em Lisboa para debater a situação de crise na Ucrânia depois da invasão pela Rússia. A reunião com caráter de urgência do Conselho Permanente da Concertação Social foi convocada pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social para acompanhar “a situação de crise na Ucrânia”.

“A situação em que nos encontramos, a escalada impressionante dos custos energéticos e outros, como o agroalimentar, é devido à dependência que Portugal e a Europa têm de toda a região da Ucrânia e Rússia. Temos de alterar toda essa dependência estratégica. Portugal deve, enquanto Estado-membro, beneficiar das medidas que forem tomadas”, sublinhou o presidente da CIP.

Segundo António Saraiva, o Executivo liderado por António Costa está consciente “desta situação extraordinária” e está a preparar um conjunto de medias, mas não sabe quais. “É isso que nos traz a esta situação extraordinária, porque sendo uma situação extraordinária tem de se encontrar, no quadro da União Europeia, mais do que unicamente em Portugal (sendo que Portugal é a prioridade), soluções”, explicou aos jornalistas.

Já o presidente da Confederação do Turismo (CTP) espera que o Governo detalhe quais os planos “B” e “C” para o eventual prolongamento do conflito no Leste da Europa e medidas de apoio, essencialmente fiscais e de capitalização empresarial. “Estamos praticamente com um Governo de gestão, portanto todas as medidas anunciadas, nomeadamente as de capitalizações das empresas, ainda não saíram do papel. E se eram urgentes no fim da pandemia agora com o início de uma guerra ainda são mais urgentes”, afirmou Francisco Calheiros.

O representante das empresas de turismo diz que o sector atravessa neste momento “a tempestade perfeita”, porque no momento em que estava a debelar uma pandemia, que impactou negativamente as reservas de alojamentos e previa agora “um ano extraordinário turístico”, chegou uma guerra ao Velho Continente.

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