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CIP: “É impensável que o Estado continue a conceber a Caixa como banco comercial tradicional”

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal propôs a criação de uma carta de missão à Caixa Geral de Depósitos.
  • Cristina Bernardo
11 Setembro 2018, 11h39

O presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal propôs esta terça-feira a criação de uma carta de missão à Caixa Geral de Depósitos (CGD) para “transformar o banco público num verdadeiro e real parceiro de crédito para as Pequenas e Médias Empresas (PME) e empresas exportadoras nacionais”.

“Propomos como medida estruturante a criação de uma carta de missão à CGD, com a finalidade de transformar o banco público num verdadeiro e real parceiro de crédito para as PME e empresas exportadoras nacionais”, explicou o porta-voz dos patrões, numa conferência sobre o Orçamento do Estado para 2019 (OE2019).

“É impensável que o Estado continue a conceber a CGD como banco comercial tradicional, sem qualquer sentido de missão que o diferencie no apoio e assunção de riscos capazes de promover o crescimento económico nacional. Se não for para isto, legítimo é perguntar: então, qual a necessidade e a utilidade de um banco público da dimensão da CGD?”, perguntou à audiência presente esta manhã no Centro Cultural de Belém.

António Saraiva defendeu ainda a regularização atempada dos pagamentos das dívidas de entidades públicas. “Chega a ser imoral termos um Estado inclemente com as responsabilidades dos privados e relapso com as suas próprias”, argumentou o presidente da CIP.

“Como primeiro vetor, defendemos a promoção do investimento como condição indispensável para a incorporação de inovação, capaz de produzir a diferenciação dos nossos produtos, aumentar e qualificar a nossa mão-de-obra, bem como a conquista de novos e maiores mercados”, disse.

No encontro “OE2019 – Conferência CIP”, realizado em Lisboa, António Saraiva assegurou que a confederação valoriza “o contributo válido e ativo dos parceiros sociais” e salientou que pretende “criar condições para que Portugal possa ter empresas cada vez mais competitivas” e “uma economia cada vez mais produtiva”, que transformem Portugal “num País cada vez mais atrativo”.

Como terceiro fator, a CIP frisou a adequação do mercado de trabalho: “A CIP defende neste domínio a aposta na requalificação dos trabalhadores das empresas, um aumento da flexibilidade do horário laboral adaptando a legislação laboral às novas necessidades económicas e particularmente aos desafios da economia digital”.

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