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CIP pede “medidas urgentes para travar o alastrar da crise”

Para a CIP é preciso conter uma “espiral inflacionista que a tornaria mais profunda e mais duradoura”.
  • Cristina Bernardo/JE
30 Março 2022, 16h24

A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) pediu ao Governo que tomasse “medidas urgentes” de forma a travar o “alastrar da crise”.

Em comunicado a CIP aponta que “são necessárias medidas decisivas e urgentes para travar o alastramento da crise e conter uma espiral
inflacionista que a tornaria mais profunda e mais duradoura. Medidas que tardam, enquanto as ameaças se vão avolumando e transformando em realidade”.

A CIP apela ao Governo que agora “tomou posse que salvaguarde o futuro das empresas e da economia portuguesa e acautele as condições para o seu regular funcionamento. É o tecido económico, a competitividade do país e a estabilização do mercado de trabalho que está em causa”.

A crise deve-se “à pandemia”, cujo impacto na economia portuguesa foi “significativamente mais profundo”. A CIP lembra que a Covid-19 “agravou a divergência de Portugal face à média europeia quase tanto quanto a crise de 2011/2014: cinco pontos percentuais, em dois anos, face a seis, em quatro anos”.

“As perspetivas de que o nível de atividade económica anterior à crise fosse atingido, em Portugal, em meados deste ano estão agora comprometidas, dado o impacto económico da guerra na Ucrânia”, defende a confederação.

Para a CIP “a margem de manobra orçamental dada pela forte redução do défice público alcançada em 2021 deve ser utilizada para acorrer aos riscos que ensombram a economia portuguesa”.

“Sobretudo quando observamos que tal redução foi conseguida à custa de um novo agravamento da carga fiscal sobre a economia para 35,6% do PIB, um máximo histórico superior em 1,2 pontos percentuais ao valor registado em 2015, após o final do Programa de Ajustamento”, acrescenta a representante dos empresários portugueses.

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