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Clima: Deputados socialistas querem antecipar neutralidade carbónica em cinco anos

Num comunicado hoje divulgado o grupo parlamentar do PS explica que quer que o Governo faça nos próximos três anos um estudo para sustentar a antecipação em cinco anos da meta da neutralidade carbónica, “no mínimo 2045”.
3 Novembro 2021, 20h41

O grupo parlamentar do PS propôs hoje no parlamento que a neutralidade carbónica seja antecipada em cinco anos em Portugal, pelo que o Governo deve fazer um estudo que sustente a nova data.

Portugal foi o primeiro país do mundo a comprometer-se com a neutralidade carbónica em 2050. A neutralidade carbónica significa que o país não produz mais gases com efeito de estufa do que aqueles que consegue fazer absorver, por exemplo através das florestas, que consomem dióxido de carbono.

No âmbito da luta contra as alterações climáticas o Governo aprovou em 2019 o Roteiro para a Neutralidade Carbónica.

Num comunicado hoje divulgado o grupo parlamentar do PS explica que quer que o Governo faça nos próximos três anos um estudo para sustentar a antecipação em cinco anos da meta da neutralidade carbónica, “no mínimo 2045”.

A proposta dos socialistas, alterando o artigo 14 da lei para conter essa possível antecipação, foi aprovada hoje na Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território, que está a votar na especialidade da Lei de Bases do Clima.

“Portugal tem estado na liderança da ação climática a nível europeu, designadamente na produção de eletricidade renovável. O Governo tem também investido na mobilidade sustentável e na eficiência energética dos edifícios. Se alguns países já anteciparam esta meta, se já antecipámos em nove anos o encerramento das centrais a carvão e se mesmo a ERSE [Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos] já antecipou em cinco anos a obtenção das metas de energias renováveis, está na hora de reforçarmos a ambição. Queremos antecipar a neutralidade carbónica em pelo menos cinco anos e, para isso, queremos ter o devido suporte científico”, diz-se no comunicado, citando os deputados socialistas Nuno Fazenda, Miguel Costa Matos, João Nicolau, Hugo Pires e Alexandre Quintanilha.

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