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Coligação de centro-esquerda italiana colapsa dias depois da formação

Carlo Calenda, líder do partido Azione, deu conta da sua desistência por considerar que “as peças não encaixavam”. O partido irá continuar, mas agora apenas com uma liderança democrata.
7 Agosto 2022, 14h48

O partido de centro-esquerda italiano desistiu colapsou dias depois de aliar-se aos democratas numa tentativa de evitar uma vitória esmagadora da direita nas eleições de 25 setembro, provocadas pela queda do governo do primeiro-ministro Mario Draghi, informa a “Bloomberg” este domingo, 7 de agosto.

Carlo Calenda, líder do partido Azione, deu conta da sua desistência por considerar que “as peças não encaixavam”. O partido irá continuar, mas agora apenas com uma liderança democrata. “Não estou confortável com isto, não há coragem, seriedade e amor em fazer política, então comuniquei aos líderes do Partido Democrata que não pretendo continuar com esta aliança”, afirmou numa entrevista à “Rai”.

Esta decisão acontece um dia depois dos democratas terem desistido de uma outra aliança com o Sinistra, um partido de extrema esquerda, e o Verdi, o partido verde em Itália.

Por sua vez, um grupo liderado pelo ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Luigi Di Maio, ex-líder do partido Cinco Estrelas, concordou em unir-se aos democratas.

As sondagens revelam que com outras forças políticas divididas, a coligação da direita poderá caminhar para a vitória, com a possibilidade de conquistar a maioria de dois terços nas duas casas do parlamento.

A coligação de Mario Draghi entrou em crise em julho, depois do partido Cinco Estrelas não conseguir apoiar o governo numa votação importante.

Por outro lado, a saída do ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE) alimentou as preocupações dos investidores sobre as finanças públicas de Itália e levou a um aumento do prêmio de risco entre os títulos italianos e alemães.

Uma mudança de governo também poderá afetar o compromisso da Itália em cumprir as suas metas do Fundo de Recuperação da União Europeia (UE), que exigem reformas para desbloquear cerca de 200 mil milhões de euros em doações e empréstimos destinados a impulsionar permanentemente o crescimento do país.

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