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Comandos: só o médico vai ser responsabilizado pelas mortes

Novo despacho da juíza de instrução vem contrariar a investigação do Ministério Público e da PJ Militar.
25 Novembro 2016, 13h16

“Não assegurou aos ofendidos Hugo e Dylan os cuidados médicos que o seu estado de saúde exigia”. É desta forma que a juíza de instrução no caso dos Comandos, Cláudia Pina, se refere ao médico Miguel Domingues.

“As explicações fornecidas por este arguido em interrogatório são claramente insuficientes, estando este apto a obter um socorro atempado aos ofendidos, ainda que no local não tivesse os meios necessários, mas não o fez, desinteressou-se e permitiu pela sua conduta omissiva que o resultado morte se viesse a produzir”, sublinha no despacho a que a TVI teve acesso.

A juíza Cláudia Pina pede, assim, o afastamento de Miguel Domingues da unidade onde decorreram os eventos e a suspensão do exercício de funções no Regimento de Comandos e Unidades de Saúde Militares, de acordo com a notícia avançada pela estação de televisão, esta sexta-feira,

Na última sexta-feira, a juíza em questão interrogou os sete arguidos do caso e não teve em conta quase nenhum dos argumentos apresentados pela procuradora Cândida Vilar.

Recorde-se eu o despacho do Ministério Público e da PJ Militar imputava mais crimes, de natureza militar, outros arguidos: ofensas à integridade física agravadas, relativas a cinco instruendos, os falecidos Hugo Abreu e Dylan Silva e três formandos que foram hospitalizados.

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