Combate aos incêndios: 2017 é o segundo ano mais severo dos últimos 15

Na sequência da particular gravidade dos incêndios rurais ocorridos em 2017, o INE avança com uma estimativa da área afetada por ocupação cultural, baseada no cruzamento da cartografia de áreas ardidas.

No âmbito das previsões agrícolas agora avançadas, o Instituto Nacional de Estatística (INE) apresenta ainda uma breve análise sobre a severidade das condições meteorológicas e do estado dos combustíveis. A informação de contexto tem por base a análise do IPMA sobre o indicador “taxa de severidade diária (DSR)”.

Numa série de 15 anos (2003-2017), a severidade acumulada desde 1 de janeiro a 31 de outubro, se evidencia o ano de 2005 como o mais gravoso desta série de anos e o ano de 2017 como o segundo mais gravoso.

A taxa de severidade diária (DSR) acumulada ao longo de uma época traduz a severidade das condições meteorológicas e do estado dos combustíveis relativamente ao combate a incêndios florestais nessa época.

Embora esta avaliação desde o início do ano dê uma boa indicação sobre a severidade das condições meteorológicas e do estado dos combustíveis para o combate aos incêndios florestais, os valores acumulados do DSR em períodos mais curtos, por exemplo mensais, é um indicador da intensificação desta severidade.

Os anos com a maior variação mensal, para esta série de anos, foram 2005 para o mês de janeiro, 2012 para fevereiro e março, 2017 para abril, 2006 para maio, 2005 para junho, julho e agosto e 2017 para setembro e outubro, facto que explica o aumento da adversidade para o combate aos incêndios nestes últimos dois meses.

Área ardida por ocupação cultural: olival foi o mais afetado

Na sequência da particular gravidade dos incêndios rurais ocorridos em 2017, o INE avança com uma estimativa da área afetada por ocupação cultural, baseada no cruzamento da cartografia de áreas ardidas produzida pelo Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) em 18 de outubro com o Sistema de Identificação de Parcelas (SIP) do Instituto de Financiamento de Agricultura e Florestas (IFAP) (classificação das ocupações do solo).

A área afetada atingiu um vasto número de parcelas, correspondente a cerca de meio milhão de hectares (507,4 mil hectares). A análise da ocupação cultural das parcelas ardidas aponta para uma área de 8,8 mil hectares de olival, 2,8 mil hectares de vinha e 2,4 mil hectares de culturas frutícolas. De acordo com o ICNF, 47% da área ardida estava ocupada por povoamentos florestais .

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