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Comey: “Houve ingerência russa nas eleições norte-americanas”

O antigo diretor do FBI diz que ficou confuso com a decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de o demitir, tendo em conta que várias vezes elogiou o seu trabalho e que nunca lhe foi pedido que abandonasse a investigação ao ciberataque nas presidenciais.
  • Jonathan Ernst/Reuters
8 Junho 2017, 15h51

O antigo diretor da polícia federal norte-americana (FIB), James Comey, ouvido esta quinta-feira no Senado, garante não ter dúvidas de que houve ingerência russa nas eleições presidenciais norte-americanas de 8 de novembro. James Comey diz que ficou confuso com a decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de o demitir, tendo em conta que várias vezes elogiou o seu trabalho e que nunca lhe foi pedido que abandonasse a investigação ao ciberataque.

“O presidente repetidamente me dizia que estava a fazer um ótimo trabalho”, conta James Comey. “As explicações que [Donald Trump] deu à imprensa, de que tinha sido demitido na sequência da investigação à ligação entre a Rússia e os ataque cibernéricos durante as eleições, confundiram-me cada vez mais. Então eu entendi que poderia ser demitido por qualquer motivo ou sem nenhum”.

“[A Administração Trump] escolheu difamar-me e, mais importante, ao FBI”, acusa James Comey. “São mentiras, pura e simplesmente”.

James Comey confessa que estava preocupado de que Donald Trump pudesse mentir sobre o trabalho que estava a desenvolver e que “para proteger a integridade do FBI”, decidiu documentar o conteúdo das reuniões que teve com o presidente.

O ex-diretor diz que “foi uma honra poder ter estado à frente do FIB” e lembra que “a missão da polícia federal vai continuar a ser cumprida. “O FBI é uma organização honesta, forte e sempre será independente”.

Esta quarta-feira, Donald Trump nomeou Christopher Wray para substituir James Comey. A decisão vai ser agora comunicada ao Senado para votação.

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