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Comissão Europeia vai propor embargo ao petróleo russo

A Alemanha já está a bordo, mas pede um período de adaptação de vários meses. Outros países, fortemente dependentes da energia russa, como a Hungria, temem um impacto muito negativo na sua economia.
2 Maio 2022, 11h27

A Comissão Europeia vai propor o embargo russo ao petróleo russo numa tentativa de reduzir a dependência energética da Rússia.

Os ministros do Ambiente e Energia da União Europeia vão reunir-se hoje em Bruxelas para tomar uma decisão sobre este tema. Recorde-se que o Reino Unido e os Estados Unidos da América já impuseram um embargo ao petróleo russo.

A ideia da Comissão Europeia, escreve hoje o Politico citando fontes diplomáticas, é ir reduzindo gradualmente a dependência ao longo deste ano, para impor um embargo total no final deste ano.

A maior economia europeia estava inicialmente relutante em impor um embargo total, mas mudou a sua opinião e agora defende um período de adaptação de “alguns meses”.

“Estamos a pedir um período de desmame. Queremos deixar de comprar o petróleo russo, mas precisamos de um pouco de tempo para assegurar que conseguimos outras fontes de petróleo”, disse ao “Financial Times” Jorg Kukies um dos conselheiros mais próximos do chanceler alemão Olaf Scholz.

Apesar de Berlim defender um embargo ao petróleo russo, a par dos Estado Bálticos, outros países, como Itália defendem outras medidas como a imposição de tarifas ou um limite no preço.

Já a Hungria e a Eslováquia, dois países sem acesso ao mar e com as suas infraestruturas adaptadas ao petróleo russo significa que existem poucas opções de fornecimento e que precisam de encontrar alternativas rapidamente.

Viktor Orban tem destacado que a sua oposição a um embargo deve-se à necessidade de salvaguardar a economia da Hungria.

A Rússia abastece 85% do gás natural e 65% do petróleo consumido na Hungria, e Budapeste assegura que tem feito “tudo” para tentar diversificar os seus fornecedores, mas “não existem rotas alternativas que tornem possível livrarmo-nos do gás e petróleo russo nos próximos anos”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros Peter Szijjarto à “CNN”.

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