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Companhia aérea Swiss cresce no Porto a contraciclo

A transportadora fez saber que vai cancelar 676 dos 31 mil voos programados entre agosto e outubro, mas vai acrescentar oito voos para o Porto. Qual o resultado destas mudanças?
4 Julho 2022, 15h54

A Swiss anunciou esta segunda-feira que vai cancelar 676 dos 31 mil voos que havia programado para o período entre os meses de agosto e outubro. Em simultâneo, vai acrescentar oito frequências para o Porto, de acordo com o portal ‘skyexpert’ que faz consultoria especializada em transporte aéreo.

Tal como outras companhias aéreas detidas pelo Grupo Lufthansa, a Swiss teve que cancelar uma parte dos seus voos de verão, por motivos relacionados com falta de pessoal, problemas nas infraestruturas aeroportuárias e no controlo aéreo.

Desde abril, a transportadora cancelou ligações a Los Angeles, Nova Iorque, São Francisco, Chicago, Joanesburgo e Dubai, numa altura em que os voos para Ásia (como são os casos de Hong Kong, Shanghai, Tóquio e Bangkok) ainda não alcançaram os números anteriores à pandemia.

De acordo com Pedro Castro, colaborador da empresa, “mesmo com essa parte da frota e do pessoal libertos dos voos para a Ásia, a Swiss teve de reduzir algumas frequências de longo curso”.

No que diz respeito aos voos europeus, a Swiss fez várias alterações aos voos de Zurique e de Genebra, desistindo de voar este verão para Frankfurt, Munique, Nuremberga, Viena, Luxemburgo, Gdansk e Birmingham, além de reduzir os seus voos para cidades como Londres, Bruxelas, Varsóvia, Estugarda, Dresden, Amesterdão e Berlim.

Nas circunstâncias adversas que o mercado dos transportes aéreos atravessa, o aumento dos voos para o Porto denota, de acordo com o mesmo documento, a rentabilidade que estas rotas representam para a Swiss, apesar da concorrência “low-cost”. São mais oito voos, quatro para Genebra e outros tantos para Zurique.

“Muitas companhias aéreas estão a ser obrigadas a cancelar ou reduzir algumas rotas por diversos motivos. Ao fazê-lo, começam sempre por aquelas que são obrigatórias e, seguidamente, vão àquelas que são menos rentáveis”, explica Pedro Castro, sem deixar de forma a importância de prever eventuais gastos adicionais para as empresas.

“Têm também de considerar os limites operacionais dos aeroportos nesses cálculos; a rota até pode ser rentável em si, mas a probabilidade de disrupções frequentes pode trazer rapidamente prejuízos avultados”.

Assim, trata-se não apenas um voto de confiança no aeroporto da cidade do Porto, como também um reconhecimento da rentabilidade das rotas em causa.

De notar que a Swiss, apesar de ainda não ter voltado aos lucros, reembolsou – com juros – o empréstimo governamental ao estado suíço em Junho.

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