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Comprar ou arrendar casa? A dúvida de muitos portugueses

Comprar casa é o sonho de muitos consumidores, mas, e sendo certo que a maioria terá de recorrer a crédito à habitação, enfrentando assim um processo moroso, burocrático, é uma decisão que exige que se tenha já uma boa almofada financeira para os custos envolvidos.
5 Maio 2023, 10h34

Comece por analisar o ato de compra:

Comprar casa é o sonho de muitos consumidores, mas, e sendo certo que a maioria terá de recorrer a crédito à habitação, enfrentando assim um processo moroso, burocrático, é uma decisão que exige que se tenha já uma boa almofada financeira para os custos envolvidos.

Porém, a principal vantagem de comprar casa não deve ser esquecida:  a possibilidade de, no final do contrato, o consumidor ter património seguro.

O primeiro aspeto a ter em conta é a sua situação financeira

Optar pela compra de casa passa pela avaliação dos rendimentos:  estão garantidos ou são muito voláteis? O consumidor tem de assegurar cumprimento das prestações do crédito à habitação, por isso esta ponderação é de máxima importância.

Depois há que calcular a taxa de esforço, sendo que só deverá equacionar a compra quando a mesma não ultrapassar os 35%.

Feita esta reflexão, se o cenário for favorável à compra da casa, deve o consumidor analisar ainda o facto de os bancos apenas emprestarem 90% do valor da casa, alguns vão mesmo só até aos 80%, precisando, pois, de uma entrada inicial para concretizar o negócio. Nada invalida que apresente um maior valor de capital e que peça um valor de financiamento mais baixo. Quanto maior for a parcela de capitais próprio, mais baixo pode ser o valor de spread que o banco apresentará ao consumidor.

E a entrada não é o único valor que precisa de ter disponível a compra. Necessita ainda de orçamento para suportar as despesas com a escritura e o registo da habitação, com o imposto de selo e com o imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis (IMT).

Uma vez proprietário, o consumidor terá de cumprir outras obrigações, como o pagamento da quota do condomínio, os seguros, por exemplo o multirrisco e de vida,  e o IMI.

Analisando o ato de arrendar:

Sobretudo para os mais jovens, que ainda não tiveram oportunidade de amealhar o suficiente para uma entrada inicial do crédito e para os custos inerente ao processo, arrendar casa pode ser a solução. Os consumidores que não querem encargos para além da renda podem ter aqui a sua solução.

O consumidor cuja vida profissional implica constantes mudanças, nomeadamente geográficas, poderá ter no arrendamento a melhor saída, já que o processo de sair de uma casa e arrendar outra é muito mais simples que o processo de compra e venda.

Embora, à partida pareça mais vantajoso arrendar, precisa de estar ciente de que sendo inquilino ficará dependente da vontade dos senhorios em renovar ou não contratos. Mais, estará limitado da autorização do senhorio para realizar obras e remodelações na casa, facto que, a longo prazo, pode significar tanto investimento como na compra de uma casa.

Em termos de planeamento financeiro, o arrendamento exigirá, também, que o consumidor avalie a sua situação financeira, porque é comum serem solicitadas algumas rendas em adiantado, como garantia do bom cumprimento do contrato.

Podemos concluir que tanto na compra, como no arrendamento da casa, existem vantagens e desvantagens.  O consumidor terá de avaliar e analisar objectivamente a sua situação financeira atual e ter a noção clara das obrigações que cada negócio acarreta.

Pode contar com o apoio da DECO.

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