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Confagri considera imoral novo aumento do gasóleo para a agricultura

“Precisamos de condições para continuar a produzir e assegurar o aprovisionamento e a distribuição alimentar a todas as cadeias. Para que isso seja possível é urgente colocar um travão nestes aumentos. Temos vindo a assistir a aumentos consecutivos desde 2020”, apela a Confagri.
6 Junho 2022, 18h10

A Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (Confagri)  diz em comunicado que considera imoral o novo aumento do gasóleo para a agricultura e apela a neutralidade fiscal.

“Com o preço do gasóleo colorido a subir mais 10 cêntimos, o combustível para a agricultura está hoje 65% mais caro, face à data homóloga de 2021, o que afeta de forma insustentável a atividade de um setor estratégico e imprescindível, tanto do ponto de vista económico como social, e com um papel determinante no combate contra a crise alimentar que se avizinha”, refere a confederação liderada por Idalino Leão.

Segundo a Confagri “este aumento vem, não só acentuar as dificuldades da maioria das atividades agrícolas, como colocará em risco a sua manutenção e sustentabilidade, para além de poder vir a determinar o sucesso ou o fracasso da nossa soberania alimentar”.

“Precisamos de condições para continuar a produzir e assegurar o aprovisionamento e a distribuição alimentar a todas as cadeias. Para que isso seja possível é urgente colocar um travão nestes aumentos. Temos vindo a assistir a aumentos consecutivos desde 2020”, apela a Confagri que recorda que já em junho de 2020 o preço do gasóleo colorido estava situado em torno dos 0,72 euros por litro, enquanto atualmente está fixado em 1,62 euros/litro.

Para o presidente da confederação, Idalino Leão, e”sta situação é inaceitável, pelo que solicita a revisão urgente dos valores da taxa de ISP aplicável ao gasóleo colorido e marcado”.

A Confagri diz que reconhece o esforço do Ministério da Agricultura e Alimentação em responder, quer à situação da seca, quer agora ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia, mas considera as medidas tomadas insuficientes exigindo medidas mais robustas e imediatas.

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