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Construção: recuperação no final de 2016 abre caminho otimista para este ano

Com base nos mais recentes dados do setor referentes a 2016, avançados pelo INE, a Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) vem sublinhar as “boas perspetivas” para este ano.
  • Jose Manuel Ribeiro/Reuters
20 Março 2017, 17h29

Para a FEPICOP o setor exibe uma evolução positiva dos diferentes indicadores no último trimestre de 2016, o que permite reforçar “as boas expetativas para a evolução da produção do setor da Construção para 2017”.

Quanto aos referidos indicadores, e respetivos comportamentos nos últimos três meses do ano passado, a FEPICOP destaca o facto de o setor ter atingido um crescimento homólogo de 1,7%, tanto no investimento em construção como no VAB do setor, contrariando a redução que se tinha verificado ao longo dos primeiros nove meses do ano (quebras acumuladas de 3,6% e de 3%, respetivamente). Ainda assim, o resultado anual foi negativo para a Construção, com descidas de 2,2% e de 1,8% no investimento em construção e no VAB do setor, respetivamente.

Sobre o emprego, os dados do inquérito ao emprego do INE revelaram um significativo aumento do número de trabalhadores da construção no último trimestre do ano, ultrapassando os 300 mil e refletindo um acréscimo de 6,7%, em termos homólogos. Em termos anuais, o crescimento atingiu os 4,5%, com 289,9 mil pessoas, em média, a trabalhar no setor ao longo de 2016.

Particularmente nas Obras Públicas foi precisamente neste período em análise que este mercado se mostrou mais dinâmico, com crescimentos acentuados, quer das obras lançadas a concurso, quer dos contratos celebrados. No último trimestre do ano registaram-se crescimentos homólogos de 69% e de 130% no número e valor das obras lançadas a concurso, quando, até setembro, as evoluções tinham sido de +19% e de +16%, respetivamente. Também nos contratos celebrados os acréscimos homólogos acentuaram-se expressivamente, passando de taxas de crescimento do número e valor dos contratos, de 5% e 12%, respetivamente, para 13% e 26%, o que permitiu concluir o ano com crescimentos expressivos no que concerne ao mercado das obras públicas.

Um dos indicadores ainda a ter conta diz repeito ao Licenciamento em expansão, no qual se registou um aumento acentuado do licenciamento de obras privadas, que, segundo os valores divulgados pelo INE, cresceu, em termos homólogos, 37,5% em número no que respeita à construção de novos fogos habitacionais e 24% em área (m2) no que concerne à construção de novos espaços não residenciais, ao longo de 2016.

 

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