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Cortiça chega a todo o lado: Agora está nos tapetes

A utilização da cortiça para novos fins está na moda e existe uma nova startup que utiliza esta matéria-prima de forma totalmente inovadora.
31 Janeiro 2017, 07h35

A Sugo Cork Rugs, segunda startup lançada pela incubadora da Amorim Cork Ventures, do grupo líder mundial do setor, lançou uma coleção de tapetes de cortiça.

Susana Godinho, designer fundadora do projecto a par com a gestora Sónia Andrade, explicou ao Jornal Económico que o projeto derivou sobretudo da “vontade de inovar na utilização de matérias-primas e de utilizar materiais ecológicos”.

O resultado foi a produção de tapetes com cortiça, recuperando técnicas tradicionais de tecelagem.

A justificação da escolha da matéria-prima passou “além das questões de sustentabilidade” pelas características da cortiça “o isolamento, propriedades que minimizam as alergias e facilidade de conjugação com outros materiais”, conta Susana.

Contudo, a designer explica que “só após a entrada para a Amorim Cork Ventures é que nos apercebemos inteiramente tanto do potencial, como de algumas limitações associadas, que era imperativo respeitar de modo a não colocarmos em causa a qualidade dos tapetes”.

Susana Godinho salienta a importância que a incubadora teve para a excução da ideia. “Passamos por um longo processo de desenvolvimento de produto, foram adquiridos teares para a produção industrial, assegurados testes de resistência e de durabilidade e, simultaneamente, feito o plano de negócio e a prospeção de mercado, áreas em que o apoio da Amorim Cork ventures foi da maior importância”.

O objectivo primordial da Sugo Cork Rugs, que além das duas fundadoras conta com uma equipa de tecelãos, é a exportação.

“Dadas as valências da coleção, antecipamos uma boa aceitação, em especial em mercados como os EUA, países nórdicos, Reino Unido e Ásia, designadamente junto do público que aprecia produtos naturais e sustentáveis”, explicou Susana.

Nuno Barroca, Vice-Presidente da Corticeira Amorim, considerou “uma ideia com muito potencial para o mercado global, onde tipicamente nos posicionamos.”

Para o vice-presidente da Corticeira Amorim a inovação do produto constitui uma enorme-mais valia. “O tapete em cortiça concebido em tear era algo que não existia,  a versatilidade estética da coleção é obviamente uma mais-valia e o facto de conjugar cortiça com outros materiais sustentáveis preenche uma das principais condições de sucesso do mercado do design de interiores”.

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