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Costa: Bancos “contaram” com os portugueses durante a crise, agora chegou a “fase de ajudarem”

O primeiro-ministro defendeu que os bancos nacionais devem ajudar empresas e famílias a superarem esta crise, tal como já fez o banco público Caixa Geral de Depósitos que anunciou uma série de medidas para os seus clientes particulares e empresariais.
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19 Março 2020, 18h40

O primeiro-ministro defendeu hoje que os bancos portugueses devem ajudar as empresas e as famílias a superarem este momento de crise.

“Foi importante que ao nível do Banco Central Europeu (BCE) se adotassem regras que agilizassem condições para que a banca possa negociar com os seus clientes, sejam particulares ou empresas, as moratórias relativamente aos créditos que têm contratados. Temos tido um contacto ativo quer com a Associação Portuguesa de Bancos (APB), quer com o Banco de Portugal (BdP) tendo em vista que os bancos portugueses tenham uma atitude construtiva, positiva, e de apoio às famílias e às empresas nesta fase de crise”, disse António Costa esta quinta-feira na apresentação das medidas do Estado de Emergência.

“E que nunca possam esquecer que já contaram com a comunidade nacional no suporte à sua atividade quando a crise financeira os atingiu duramente, agora é a fase de serem os bancos ajudarem todos aqueles que são essenciais de serem ajudados de forma a que os rendimentos possam ser assegurados, a atividade económica possa continuar, e não acrescentemos esta crise de saúde pública, uma crise económica que temos todos que trabalhar para conseguir evitar na medida do possível”, declarou.

Recorde-se que a Caixa Geral de Depósitos, banco detido pelo Estado, já apresentou uma série de medidas para as famílias e empresas, suas clientes, enfrentarem esta crise, incluindo uma moratória de seis meses nos créditos.

Na quarta-feira, o Governo anunciou que espera aprovar legislação até ao final do mês a permitir uma moratória de capital e juros nos créditos para as empresas.

No entanto, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, disse que a prestação do crédito à habitação não vai ser incluída na moratória, tal como aconteceu em Itália, apontando que a medida é dirigida às empresas. Medidas para a situação das famílias serão comunicadas posteriormente, sinalizou.

Já o ministro das Finanças apontou que os principais bancos já eliminaram as taxas mínimas cobradas aos comerciantes nos pagamentos por terminais de multibanco, para tentar diminuir ao máximo o pagamento em dinheiro vivo. Paralelamente, será aumentado o limite máximo para as operações com cartões na versão contactless, passando para um máximo de 30 euros.

 

“Tudo que for necessário”. Veja aqui as medidas anunciadas hoje pelo Governo para as empresas e trabalhadores independentes

 

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