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Covid-19: analistas apontam para arrefecimento do crescimento do PIB chinês para 5% em 2020

A agência de notação alemã, Scope, reviu em baixa o crescimento do PIB da China em 2020 devido ao impacto do coronavírus na segunda maior economia mundial. As estimativas da Scope apontam agora para um crescimento do PIB de cerca de 5% este ano, abaixo dos 5,8% inicialmente previstos.
28 Fevereiro 2020, 18h05

“Baixámos a estimativa sobre o crescimento económico da China em 2020 para cerca de 5%, abaixo da previsão anterior, que era de 5,8”, lê-se no comunicado da Scope enviado às redações esta sexta-feira. Segundo Dennis Shen, analista da agência de notação de crédito, a revisão em baixa do crescimento do PIB chinês sinaliza uma deterioração da economia chinesa, que já tinha desacelerado para 6,1% em 2019.

“A nossa estimativa para o crescimento económico em 2020 assume uma profunda, embora de curto-prazo, contração económica no primeiro semestre, antes do início da recuperação no segundo semestre”, frisou Dennis Shen.

Esta estimativa baseia-se ainda na perceção de que a propagação do coronavírus “estará relativamente contido dentro das fronteiras das fronteiras chinesas até ao final do próximo mês”, disse o analista, adiantando que perduram “incertezas signficativas” na região.

“Uma disrupção mais prolongada na cadeia de valor devido ao coronavírus e restrições à livre circulação na China poderão não apenas ter consequências mais eérias para o crescimento económico, mas também ter implicações mais preocupações para a estabilidade financeira”, afirmou.

Neste ponto, a Scope lembra que o arrefecimento do crescimento económico na China surge numa altura “sensível”, uma vez que os balanços dos setores público e privados se têm fragilizado.

Citando dados avançados pela “Bloomberg”, a agência de notação alemã lembrou que os defaults das empresas na China aumentaram para 137 mil milhões renminbi (cerca de 17,84 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual), uma tendência crescente que se regista desde 2017.

Além disso, sete dos 30 maiores bancos chineses não passaram nos testes de stress realizados em 2019 pelo banco central chinês, sendo que os créditos não performances destes 30 bancos aumentaram em cinco vezes.

 

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