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Covid-19: EUA suspendem voos de países da União Europeia a partir de sexta-feira

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou esta quarta-feira a suspensão de todos os voos oriundos de países da União Europeia para prevenir a propagação do novo coronavírus. A medida entra em vigor sexta-feira e irá durar pelo menos 30 dias.
12 Março 2020, 07h41

“Para impedir que novos casos entrem em nosso país, suspenderei todas as viagens da Europa para os Estados Unidos pelos próximos 30 dias”, disse o Presidente durante um discurso proferido na Sala Oval.

Os Estados Unidos registavam na quarta-feira 38 mortos e mais de 1.300 casos de infeção.

Trump fez o anúncio durante um raro discurso na Sala Oval dirigido à nação, depois de vários dias em que procurou minimizar a ameaça, culpando a Europa por não agir com rapidez suficiente para lidar com o novo coronavírus e alegando que os casos registados nos EUA foram “semeados” por viajantes europeus.

“Avançámos com ações antecipadas contra a China que salvaram vidas”, disse Trump. “Agora devemos tomar a mesma ação com a Europa”, acrescentou.

Trump disse que as restrições não se aplicarão ao Reino Unido e à carga.

Autoridades da Segurança Interna esclareceram mais tarde que as novas restrições de viagens se aplicariam apenas à maioria dos estrangeiros que estiveram no Espaço Schengen 14 dias antes da chegada programada aos Estados Unidos.

Os países signatários do Acordo de Shengen, a partir do qual os territórios permitem a livre circulação de pessoas, são os seguintes: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, França, Finlândia, Grécia, Hungria, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia , Luxemburgo, Liechtenstein, Malta, Noruega, Holanda, Polónia, Portugal, República Checa, Suécia e Suíça.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.300 mortos em 28 países e territórios.

O número de infetados ultrapassou as 120 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 59 casos confirmados.

Face ao avanço da epidemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.

A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 10.000 infetados e pelo menos 631 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país. Espanha e França são os outros países europeus mais afetados, com mais de dois mil infetados e cerca de meia centena de mortos em cada um dos territórios.

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