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Covid-19: Portugueses sentem mais impactos nos rendimentos individuais do que a maioria dos europeus

No terceiro inquérito da UE sobre a perspetiva dos europeus perante a crise do coronavírus, cerca de 45% dos portugueses afirma sentir impactos nos rendimentos individuais contra 39% da média europeia que diz subscrever à mesma afirmação.
20 Novembro 2020, 11h48

Cerca de 45% dos portugueses considera que a crise da Covid-19 já se fez sentir no seu rendimento individual, uma percentagem que ultrapassa a média obtida na União Europeia (UE) que diz que apenas 39% dos inquiridos concorda com essa afirmação. Embora não seja a maioria, 31% dos portugueses antecipa que, com o agravamento da pandemia e das medidas decretadas pelo governo, essa possibilidade possa num futuro próximo vir a tornar-se também numa realidade.

Os resultados surgem no terceiro inquérito conduzido e divulgado, esta sexta-feira, pelo Parlamento Europeu (PE) sobre a perspetiva dos europeus perante a crise do coronavírus e sobre a União Europeia. Segundo os resultados do questionário, Portugal está entre os países com maior aumento (+13%) dos que acreditam que os prejuízos económicos nas medidas de prevenção são maiores que os benefícios para a saúde.

Apesar de 50% dos europeus sentirem, novamente, “incerteza” como o seu principal estado emocional (dado o peso do impacto económico da pandemia), agora mais europeus têm uma imagem positiva da UE do que no inquérito anterior (na passada primavera). Por cá, cerca de 60% considera que “incerteza” é o estado de espírito mais descrito pelos portugueses.

Enquanto que no inquérito divulgado 66% concordam que a UE devia ter mais competências para lidar com a pandemia, em Portugal, mais de 80% concorda com essa afirmação enquanto que 67% diz que os órgãos em Bruxelas deviam dispor de mais meios financeiros para conseguir ultrapassar as consequências da pandemia (média UE: 54%).

De forma geral, a perceção face às medidas adotadas e à gestão da pandemia é positiva, com 61% dos portugueses a admitirem estar moderadamente satisfeitos ou muito satisfeitos com as medidas da UE contra a crise da pandemia, um valor superior à medida do bloco europeu que dá conta de 46% dos inquiridos a subscrever à afirmação.

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