Ás 19h00 de hoje, Cristiano Ronaldo deverá ser anunciado em Paris como o vencedor da Ballon d’Or, a quarta para a coleção do avançado português.
Nessa altura, o madeirense vai estar em Tóquio a preparar a participação do Real Madrid no Mundial de Clubes, mas a eleição será mais uma vitória para o português na cidade onde levantou o troféu do Euro 2016 com a seleção nacional.
Na última década, a corrida para o título de melhor jogador tem sido dominada por Ronaldo e o rival Lionel Messi, estrela do Barcelona e da Argentina.
Mas desta vez não parece haver grandes dúvidas – o capitão da seleção portuguesa está um patamar acima dos outros 29 concorrentes, segundo as casas de apostas.
Além ter ganho o primeiro título ao nivel de seleção, Ronaldo acrescentou a terceira Liga de Campeões ao seu palmarés, convertendo a grande penalidade decisiva na final da Liga dos Campeões frente ao rival Atlético.
O português terminou a época 2015-2016 com 48 golos em 51 jogos, e já leva 17 golos esta época, mesmo tendo falhado os jogos iniciais devido à lesão que sofre na final do Euro 2016 em Julho.
A Eurosport diz que Ronaldo é o ‘red-hot favorite’ para ganhar a Bola de Ouro, e mesmo o diário catalão Mundo Deportivo, próximo do Barcelona, na semana passada fez manchete com a provável vitória do jogador do Real Madrid.
O galardão não poderia chegar em melhor altura para Ronaldo. A 2 de dezembro, o Football Leaks, do consórcio European Investigative Collaborations, que inclui o Expresso, noticiou que o craque evadiu, alegamente, 150 milhões de euros em impostos através de uma sociedade nas Ilhas Virgens.
“Quem não deve não teme,” defendeu o craque, numa reação difundida pela espanhola Radio Cero.
A Gestifute, agência que representa o jogador, emitiu um comunicado para acabar com rumores, adiantando que a 30 de março, Ronaldo informou as autoridades tributárias sobre “a sua situação patrimonial”, algo que não é obrigatório por lei, mas que é a “prova irrefutável que Cristiano Ronaldo e os seus representantes estão de boa fé e a cooperar com as autoridades no espírito da transparência e cumprimento com a lei.”
As revelações do ‘Football Leaks’ não ficaram, contundo pel historial fiscal de Ronaldo. Na quinta-feira o site noticiou que o jogador cobrou 162 mil euros, para assinar mil cromos da Panini e quatro edições de colecionador, ou seja, 162 euros por cromo.
O consórcio também revelou que que o internacional português exige confidencialidade aos seus empregados de casa. Em 2012, um funcionário tinha uma cláusula que lhe exigia silêncio sobre o jogador “até 70 anos depois da morte de Cristiano Ronaldo e do último dos seus familiares”, com uma multa em caso de incumprimento com um valor mínimo de 300 mil euros.
A Ballon d’Or foi criada pela revista France Football em 1959, e até 2009, inicialmente com os jornalistas a escolhrem o melhor jogador europeu, depois de 1995 o melhor jogador a actuar na Europa e, a partir de 2007 a considerar todos os países do mundo.
Eusébio recebeu o galardão em 1965 e ficou em segundo lugar no ano seguinte, enquanto Luís Figo venceu em 2000, ano em que trocou o Barcelona pelo Real Madrid.
Cristiano Ronaldo recolheu a sua primeira Bola de Ouro em 2008, meses após ter ganho a primeira Liga dos Campeões, quando ainda representava o Manchester United.
Em 2010 o troféu foi fundido com o Melhor Jogador do Ano da FIFA, para criar o FIFA Ballon d’Or, uma aliança que só durou até ao ano passado, tendo Messi vencido quatro edições e Ronaldo duas.
Os dois jogadores estão também nomeados, juntamente com o francês Antoine Griezmann, para o trófeu da FIFA, que será entregue a 9 de Janeiro em Zurique.
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