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Credores da Oi aprovaram novo plano de recuperação judicial da telecom brasileira

Os credores da Oi concordaram com novo aditamento ao plano inicial que permitirá à empresa avançar com uma nova estratégia de venda de ativos. A Oi, que é detida pela portuguesa Pharol em 5,51%, atravessa um processo de recuperação judicial desde 2016.
  • Oi Brasil
9 Setembro 2020, 11h32

A empresa de telecomunicações brasileira Oi recebeu ‘luz verde’ dos seus credores para um novo aditamento ao plano de recuperação judicial (PRJ) de que é alvo, desde há quatro anos. A empresa pode, assim, avançar com a nova estratégia de venda de ativos, como a operação móvel, a rede de fibra ótica e o negócio de televisão por assinatura, de acordo com o comunicado da Pharol, veiculado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários esta quarta-feira.

A Oi, que é detida pela portuguesa Pharol em 5,51% do seu capital, através da Bratel, atravessa um processo de recuperação judicial desde 2016, tendo o primeiro plano estratégico para a venda de ativos sido aprovado em 2017.

A administração da Oi “acredita que o aditamento ao plano de recuperação judicial aprovado atende a todas as partes interessadas de forma equilibrada e garante a viabilidade operacional, maior flexibilidade e eficiência financeiras e a sustentabilidade das recuperandas [Oi e subsidiárias em recuperação], com a execução do plano de recuperação judicial e do plano estratégico de transformação, o reposicionamento da companhia e a criação de valor para todos os seus stakeholders“.

A autorização foi concedida durante a madrugada de terça-feira para quarta-feira, após uma assembleia geral de credores, que decorreu por videoconferência durante cerca de doze horas, segundo o “O Globo”.

A administração da empresa participada pela antiga PT não teve vida fácil, uma vez que teve de renegociar com a banca uma redução nas verbas que os bancos credores irão receber da Oi. Segundo o mesmo jornal, a proposta de aditamento original ao PRJ propunha um corte na dívida à banca de 60%, mas essa percentagem acabou revista para 55%.

Num panorama mais técnico, os credores aceitaram que o novo PRJ permita a criação de diferentes subsidiárias no negócio móvel da Oi para viabilizar a divisão dos ativos e permitir uma venda mais rápida. Na segunda-feira, a Oi aceitou uma proposta conjunta de 16,5 mil milhões de reais (2,6 mil milhões de euros) da Vivo, da Claro e da TIM para vender a sua unidade móvel.

Contudo, o avanço do negócio estava dependente da aprovação do aditamento ao PRJ da Oi. O novo PRJ classificou a oferta do consórcio das três concorrentes da Oi como “irrevogável e irretratável”. Parte das verbas geradas pela venda da operação móvel será utilizada para saldar a dívida com o Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social.

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