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Crescimento económico do país “continua medíocre”, diz Passos Coelho

O líder social-democrata adverte que as políticas públicas do atual Governo “estão a pôr em causa a qualidade dos serviços” na Educação, Saúde e noutras áreas.
22 Janeiro 2017, 16h10

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, considera que o crescimento económico em Portugal “continua a ser medíocre” comparado com anos anteriores. O ex-primeiro-ministro aponta o dedo ao atual Governo de António Costa e acusa-o de implementar uma série de medidas que “não são sustentáveis”.

À margem do XXII congresso do PSD/Açores, a decorrer este domingo, Passos Coelho defende que “o que está errado não é nem a Comissão Europeia, nem a Europa, nem o contexto ou conjuntura externa, o que está errado são as políticas que temos seguido”.

O líder social-democrata questiona “porque é que a Espanha cresce mais do dobro do que cresce Portugal, apesar de ter estado quase um ano sem governo? Porque é que a Irlanda cresce significativamente mais do que Portugal e mais até do que a Espanha?”.

Para Passos Coelho, esses países “ultrapassaram a suas crises, fizeram as suas reformas e caminharam em frente, reforçaram a confiança dos investidores” e “pagam pelo financiamento do Estado muito menos do que Portugal”, sendo que “Espanha paga metade” e a Irlanda “a quarta parte” do que paga o país.

Passos Coelho acredita que Portugal podia estar a crescer “muito mais, a criar um emprego sustentável”, mas “aquilo que acontece é que os objetivos que têm vindo a ser atingidos – e ainda bem que eles têm vindo a ser atingidos – em matéria de défice público são o resultado de um conjunto de políticas que não são sustentáveis”.

O presidente do PSD adverte que as políticas públicas do Governo, “como os cortes que têm vindo a ser feitos na despesa pública, estão a pôr em causa a qualidade dos serviços” na Educação, Saúde e noutras áreas.

“Em bom rigor, nem o engenheiro Sócrates [ex-primeiro-ministro do PS] e o professor Teixeira dos Santos [ministro das Finanças do Governo de José Sócrates] teriam precisado de recorrer à ajuda externa se fosse fácil, em permanência, fazer esse tipo de cortes sem reformar o Estado e as políticas públicas, isso já tinha sido feito há muito tempo”, afirma Passos Coelho. E acrescenta: “É a dívida que está a crescer, não é o nosso espaço de manobra, não é a nossa confiança para futuro”.

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