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Crise e novo quadro internacional criam oportunidades para Portugal

Participantes na conferência “Portugal: objetivo crescimento” identificam energias renováveis, posição geográfica do país e capital humano como potencial a desenvolver. Também a lusofonia pode ter um papel determinante para o crescimento económico.
19 Março 2022, 20h30

Portugal está a enfrentar o seu terceiro choque económico praticamente consecutivo, na sequência da guerra desencadeada pela Rússia com a invasão da Ucrânia, mas a ideia é de que a economia portuguesa tem melhores condições para aproveitar as oportunidades que se colocam pelas alterações que a atual crise provoca, para cumprir o objetivo de reforçar o crescimento económico.

Na conferência “Portugal: objetivo crescimento”, promovida pela Ordem dos Economistas e da qual o Jornal Económico foi media partner, foram identificadas quatro oportunidades – interligadas – no novo quadro político e económico global.

Primeiro é a rendibilização do investimento feito por Portugal nas energias renováveis e as condições naturais que tem para reforçar essa aposta. “Os próximos tempos vão determinar a aceleração do processo de transição energética e a União Europeia [UE] vai ter de acelerar o processo de transição para assegurar a sua autonomia [energética]” face à atual dependência do gás natural e do petróleo russos, afirma o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, defendendo que Portugal “pode ter uma posição central na nova economia”.

Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa Portugal e antigo secretário de Estado da Energia, considera que o país tem possibilidade de alterar a sua dependência energética histórica. “Pela primeira vez, parece que estamos do lado certo da barricada”, afirma. “O facto de dispormos de um leque variado de fontes renováveis não é normal”, diz, apontando a capacidade de produção de energia a partir do sol, vento, água, da geotermia e do oceano como “um privilégio que Portugal tem”.

Portugal pode ser fornecedor de energia de fontes renováveis para a Europa, mas também ser um ponto de entrada de gás natural de outros destinos, como África e Estados Unidos da América.

 

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