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Crise Energia. PS poderá “calibrar” medidas no próximo Orçamento

“Não terminamos aqui, é preciso que não nos esqueçamos disso. Começámos há muito tempo a apresentar medidas para esta crise, em março, apresentámos o Orçamento [do Estado para 2022], um primeiro pacote, um segundo pacote, apresentámos este pacote e agora temos um orçamento”, declarou o deputado do PS Carlos Pereira.
15 Setembro 2022, 19h15

O deputado socialista Carlos Pereira afirmou hoje que o PS vai continuar a analisar a situação económica do país para eventualmente “calibrar” medidas de apoio no combate à inflação no próximo Orçamento do Estado.

“Não terminamos aqui, é preciso que não nos esqueçamos disso. Começámos há muito tempo a apresentar medidas para esta crise, em março, apresentámos o Orçamento [do Estado para 2022], um primeiro pacote, um segundo pacote, apresentámos este pacote e agora temos um orçamento”, declarou o deputado do PS Carlos Pereira.

O socialista falava aos jornalistas em reação às medidas hoje apresentadas pelo Governo de apoio às empresas, garantindo que o grupo parlamentar do PS vai continuar a analisar a situação económica do país para eventuais ajustes.

“E, portanto, o Governo vai continuar, tal como o grupo parlamentar do Partido Socialista, a analisar aquilo que se passa na economia portuguesa e junto das famílias portuguesas para calibrar as medidas. Para aumentar e aprofundar umas que eventualmente sejam precisas ser reforçadas, ou apresentar novas que surgem de problemas novos”, admitiu.

O socialista apontou que momentos antes o parlamento tinha estado a debater e votar o programa de emergência social do PSD, com um valor global de 1.500 milhões de euros.

“O Governo apresentou há pouco tempo um pacote de 2.400 milhões de euros, já tinha apresentado um primeiro pacote de 1.600 milhões de euros de apoio às empresas e hoje mesmo apresentou outro pacote de apoio às empresas de 1.400 milhões de euros. Estamos a falar de 5.400 milhões de apoios que estão a ser concedidos aos cidadãos portugueses e às empresas. Do outro lado temos o PSD a propor 1.500 milhões de euros”, comparou.

O socialista acusou ainda a oposição de fazer uma “política de terra queimada”.

“Estamos habituados a ouvir a oposição dizer que não gosta, que não quer, que não é bom, que não serve e na maior parte dos casos não tem alternativas e quando tem são piores”, atirou.

Questionado sobre se o PS já tem uma posição fechada sobre um imposto sobre os lucros extraordinários, Carlos Pereira insistiu que o partido continua “a avaliar” a medida.

“Em algumas circunstâncias isso já está a acontecer através do Mecanismo Ibérico em que há um esmagamento dos lucros do gás, permitindo que haja uma redução do preço da eletricidade. (…) A porta não está fechada, mas nesta altura nada está decidido”, respondeu.

O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, anunciou hoje um pacote de medidas de mais de 1.400 milhões de euros para apoiar as empresas face ao aumento de custos com a energia, incluindo uma linha de crédito.

Em conferência de imprensa hoje, em Lisboa, o governante deu conta de várias medidas, desde uma linha de crédito de 600 milhões de euros, o alargamento de apoios a indústrias de consumo intensivo de gás, apoios à formação, medidas de aceleração da eficiência e transição energética, fiscais, entre outras.

As medidas ultrapassam os 1.400 milhões de euros, de acordo com António Costa Silva.

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