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Criticada por senadores, reforma fiscal de Trump já enfrenta dificuldades

Se o Senado e o Congresso norte-americanos (ambos controlados pelo Partido Republicano) aderirem às críticas, o presidente dos EUA poderá ter mais uma derrota em mudar leis.
3 Outubro 2017, 20h15

Depois do entusiasmo inicial com o anúncio da maior reforma fiscal nos EUA desde 1980, o senador republicano Bob Corker mostrou que será difícil Donald Trump conseguir concretizar a promessa. Se o Senado e o Congresso norte-americanos (ambos controlados pelo Partido Republicano) concordarem com Corker, o presidente dos EUA poderá ter mais uma derrota em mudar leis.

“Se me parece é que estamos a adicionar mais moedas ao défice, não vou concordar”, disse o senador do Tennessee, durante uma entrevista ao canal NBC. “Peço desculpa, mas é a maior ameaça para a nossa nação. A maior ameaça para a nossa nação”.

Da mesma forma, a proposta foi alvo de críticas pelo senador republicano Rand Paul, que tweetou: “Isto é um plano fiscal do GOP? Provavelmente 30% da classe média recebe um aumento dos impostos de 30%? Espero que os detalhes finais sejam melhores que isto”.

Como resultado das críticas, os juros da dívida benchmark norte-americana subiu acima de 2,36%, esta terça-feira, enquanto o dólar, que negociava em máximos de julho, recuou. Depois de ter falhado em substituir o Obamacare e de ter visto o decreto sobre imigração ser travado judicialmente, a administração Trump deverá enfrentar mais dificuldades com a reforma dos impostos.

O “Plano unificado para corrigir o nosso falido código fiscal”, apresentado por Trump, contempla uma redução do IRC pago pelas empresas passará para 20%, dos anteriores 35%. Para as famílias, a reforma pretende diminuir o número de escalões de IRS, de sete para três: 12%, 25% e 35%.

Do plano apresentado por Trump fazem ainda parte o aumento das deduções fiscais para as famílias com filhos e a criação de uma nova dedução para os adultos dependentes, como pessoas idosas ou doentes. “O objetivo é voltar a tornar os Estados Unidos competitivo a nível global, e oferecer um alívio fiscal à classe média e aos empresários”, explicou a Casa Branca na semana passada.

 

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