O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina já pediu desculpas e considerou a cedência de dados à Rússia “um erro lamentável”. No entanto, há quem defenda que Medina não tem condições de continuar no cargo.
Em comunicado, citado pela “RTP”, o candidato à Câmara de Lisboa apoiado pelo PSD e CDS-PP, Carlos Moedas referiu que “um país democrático e da União Europeia não pode ter um presidente da Câmara de uma capital que é cúmplice com uma ditadura como a de Putin”.
Por sua vez, no Bloco de Esquerda a candidata à Câmara de Lisboa, Beatriz Gomes Dias garantiu que ia pedir esclarecimentos sobre o sucedido através das redes sociais. “O Bloco vai pedir esclarecimentos a Medina sobre a partilha de dados de quem organizou uma manifestação a exigir a libertação de Navalny”, escreveu Beatriz Gomes Dias, acrescentando que “confirmar-se, é uma inadmissível violação da lei”.
O Bloco vai pedir esclarecimentos a Medina sobre a partilha de dados de quem organizou uma manifestação a exigir a libertação de Navalny. A informação, segundo o @expresso, foi dada ao Governo russo.
A confirmar-se, é uma inadmissível violação da lei https://t.co/pjZTB9dqvR
— Beatriz Gomes Dias (@BGomesDias) June 9, 2021
No PCP, o líder do partido, Jerónimo de Sousa sublinhou a “gravidade” da situação em caso de se confirmar. “Nesse sentido coloca-se a necessidade do apuramento de responsabilidades dos factos e depois naturalmente se decide em conformidade essa investigação tendo em conta a sensibilidade e gravidade da questão que está colocada”, afirmou aos jornalistas.
A Iniciativa Liberal destacou, em comunicado, que “as declarações de Fernando Medina sobre a transmissão de dados pessoais de três cidadãos às autoridades russas não só não esclareceram a situação em toda a sua extrema gravidade, como vieram acrescentar questões fundamentais que é urgente apurar para defesa dos princípios da democracia liberal”.
“Em matéria de tal gravidade é inaceitável que subsistam dúvidas sobre o período temporal em que esta prática foi adotada e os eventos concretos em que dados sensíveis, que podem colocar em causa a integridade física de cidadãos e seus familiares, foram efetivamente partilhados”, afirmam os liberais.
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