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Da ilha no meio do Tejo a destinos a 150 quilómetros da capital. Conheça as 17 localizações em análise para o novo aeroporto de Lisboa

Aeroportos a mais de 150 quilómetros da capital, uma ilha no meio do Tejo, opções mais antigas e outras completamente fora do baralho encontram-se a ser analisadas pela comissão técnica independente que revela as suas escolhas a 27 de abril.
26 Abril 2023, 10h39

A Comissão Técnica Independente (CTI) apresenta amanhã, 27 de abril, a lista de opções que considera viáveis para a localização do novo aeroporto de Lisboa. A última palavra será do Governo.

As opções consideradas estratégicas (aprovadas pelo Governo) são cinco:

1 – Montijo + Portela

Esta opção prevê três pistas, com uma capacidade de 80 movimentos por hora (60 no Montijo, 20 em Lisboa). Fica a 26 kms de Lisboa por estrada, sem ferrovia. 713 mil pessoas expostas ao ruído.

2 – Portela + Montijo

Esta opção visa manter as companhias de bandeira em Lisboa e as low cost na Base Aérea nº6 no Montijo. Esta opção visa uma pista em cada margem do Tejo (48 + 26 movimentos), ficando a 26 kms de Lisboa, cerca de 30 minutos. 713 mil pessoas expostas ao ruído, segundo os dados da CTI.

3 – Campo de Tiro de Alcochete

Esta foi a localização escolhida pelo Governo de José Sócrates em 2009, mas o projeto nunca saiu do papel, tendo sido interrompido na altura devido à crise económica. Esta opção prevê duas postas, com a capacidade para 80 movimentos por hora e possibilidade de expansão até quatro pistas. 5.550 pessoas expostas ao ruído. Fica a 40 kms de Lisboa, cerca de 40 minutos. Sem ferrovia. Inicialmente, previa a construção da terceira travessia sobre o Tejo para a ligação ferroviária. Uma das vantagens é que os terrenos pertencem ao Estado.

4 – Portela + Santarém

Um total de duas pistas, com 20 movimentos por hora na Portela, e 40 em Santarém., capacidade de expansão para um total de três pistas em Santarém. 567 mil pessoas afetadas pelo ruído. Fica a 90 kms de Lisboa, uma hora de distância por estrada. Proximidade à ferrovia que conta com 93 movimentos por dia, fica a 1h20 de Lisboa. Com alta velocidade prevista no PNI 2030 e PFN ficaria a 30 minutos de distância da capital. Terrenos em Santarém pertencem a privados.

5 – Santarém

Um total de duas pistas com possibilidade de expansão para três com capacidade para 60 movimentos por hora. Proximidade à linha ferroviária do Norte: tempo de distância atual de 1h20 minutos; tempo de distância com obras previstas no PNI 2030 e PFN de 30 minutos. Fica a 90 kms de Lisboa, uma hora de distância de automóvel. 11 mil pessoas afetadas por ruído. Terrenos pertencem a privados.

A CTI também encontra-se a analisar estas opções:

6 – Campo de Tiro de Alcochete + Portela

Uma pista em cada um dos lados do Tejo, com capacidade para 40 + 20 movimentos por hora e capacidade de expansão.564 mil pessoas afetadas por ruído. Distância de 40 kms, 40 minutos, por automóvel da capital. Sem ferrovia atual, mas ficaria a 22 minutos de Lisboa com a terceira travessia do Tejo.

7 – Alverca + Portela

A ideia deste hub é ter os voos de média e longa distância a partir do Mouchão da Póvoa, uma ilha no meio do rio Tejo onde ficaria localizada a nova infraestrutura, ligada à Portela através de um comboio automático. Uma pista em cada um dos aeroporto, com capacidade de movimento 30 + 20 e sem capacidade de expansão. 762 mil pessoas afetadas pelo ruído. Proximidade à linha do Norte com 93 movimentos por dia; distância de 10 minutos de Lisboa. Distância por automóvel da capital de 25 kms, 25 minutos.

8 – Beja

Uma das localizações consideradas problemáticas por estar a 174 kms de Lisboa. Duas pistas com capacidade de 80 movimentos por hora. Capacidade de expansão para quatro pistas. 4.500 pessoas expostas ao ruído. Distância de 175 kms de Lisboa, 1h40 minutos. Ferrovia conta com 5 movimentos por dia, atualmente, 2h13 de distância de Lisboa. Tempo para a capital cairia para 1h25 com novas infraestruturas.

9 – Monte Real

Base Aérea N.º 5 da Força Aérea Portuguesa, onde estão sediadas as Esquadras 201 “Falcões” e 301 “Jaguares”. A importância desta base para a defesa de Portugal e da NATO é um dos problemas para a instalação de um aeroporto aqui. Uma pista, com capacidade para 40 movimentos por hora e sem capacidade de expansão. 49 mil pessoas expostas ao ruído. Distância de 155 kms da capital, 1h50 minutos, de acordo com a CTI. Seis movimentos por dia de ferrovia, mais de 3h até Lisboa. Com novas infraestruturas, tempo cairia para 45 minutos.

Entretanto, a CTI aceitou recentemente analisar mais opções:

10 – Apostiça

Fica localizada na Mata da Apostiça, no concelho de Sesimbra na margem sul do Tejo.

11 – Rio Frio

Localizada na margem sul do Tejo, distrito de Setúbal.

12 – Poceirão

Localizada junto ao Pinhal Novo, distrito de Setúbal.

13 – Évora

Capital do distrito homónimo, esta é uma novidade.

14 – Ota

Há décadas que se debate a localização do novo aeroporto de Lisboa neste local, 50 kms a norte da capital, mas com a opção por Alcochete em 2008 ficou fora da lista, até agora.

15 – Sintra

Base Aérea N.º 1 da Força Aérea Portuguesa. Os peritos apontam que esta localização é problemática para aviões comerciais devido à proximidade com a Serra de Sintra.

16 – Tancos

Nesta localização já existe a pista do aeródromo militar de Tancos, usado pela Brigada de Reação Rápida.

17 – Pegões

Localizada no distrito de Setúbal, na fronteira com o de Évora.

 

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