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Daimler suspeita de fazer batota nas emissões de gases poluentes

Um jornal alemão revelou que a Daimler, dona da Mercedes-Benz, cometeu fraude, mas o grupo já fez saber que “nenhuma denúncia foi feita” e que os dados apresentados pela reportagem do Bild foram direcionados para “prejudicar” a companhia.
20 Fevereiro 2018, 13h15

Uma reportagem do jornal alemão “Bild”, publicada no sábado, 17, alega que o grupo da Mercedes fez batota no software que controla as emissões de gases poluentes dos automóveis. Resultado: o ações da Daimler caíram 2% na segunda-feira e as autoridades norte-americanas já estarão a analisar a questão.

Segundo o tablóide alemão, há um software de controlo de emissões de gases poluentes do grupo Daimler preparado para desligar automaticamente o controlo de emissões depois de percorrer 26 quilómetros. Haverá ainda outra funcionalidade, igualmente suspeita, que alegadamente permite ao sistema interno do automóvel reconhecer se se encontra em testes de laboratórios através dos padrões de aceleração.

Um porta-voz da Daimler, grupo automóvel que controla as fabricantes Mercedes-Benz e Smart, já veio dizer que a documentação apresentada na reportagem do Bild já é conhecida pelas autoridades e que “nenhuma denúncia foi feita” até agora.

“Os documentos disponibilizados pelo Bild foram obviamente selecionados para prejudicar a Daimler e os seus 290 mil funcionários”, concluiu.

Os investigadores norte-americanos já estarão a analisar as práticas da Daimler, sendo que a informação veiculado pelo Bild fez afundar 2% a Daimler, na sessão bolsista de segunda-feira.

Desde 2016, na sequência do Dieselgate, que o regulador automóvel dos Estados Unidos tem estado em cima dos sistemas de controlo de emissões de gases poluentes da Daimler. Em 2017, o grupo teve pediu que três mil milhões de carros, a circular na Europa, regressassem ás oficinas da companhia para e proceder a uma actualização do sistema de controlo.

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