A DBRS considera que os bancos portugueses atingiram um “ponto de inflexão” no primeiro semestre do ano, tendo demonstrado “progressos consistentes” nos últimos quatro trimestres e registado lucros líquidos agregados pela primeira vez desde 2011.
A agência de notação financeira canadiana refere esta quinta-feira que embora o malparado ainda esteja a um nível alto, as instituições bancárias nacionais estão a saber lidar com os problemas na qualidade dos ativos, sendo que a maioria dos bancos está até a reduzir o custo do risco.
“A DBRS considera que os desafios que a maioria dos bancos portugueses enfrenta estão a reduzir, após atingirem um ponto de viragem no primeiro semestre de 2018 (…). Embora os desafios da qualidade dos ativos estejam a diminuir, ainda é necessário reduzir ainda mais os Non-Performing Loans (NPLs)”, explica a agência de Toronto, em comunicado.
Numa nota enviada esta manhã, os analistas da DBRS salientam que, no segundo trimestre do ano, os bancos portugueses apresentaram lucros – ainda que fracos –, que estiveram alavancados em “provisões significativamente mais baixas e algum crescimento das principais receitas”.
Segundo os peritos da DBRS, “os resultados dos bancos portugueses no primeiro semestre de 2018 foram impulsionados por receitas core mais elevadas” [+ 5,1% em termos homólogos] e “continuaram a ser afetados por menores ganhos de negociação, uma vez que os bancos registaram menores ganhos de capital em títulos soberanos”. “Isto foi em parte influenciado pelo facto de o valor das suas carteiras de obrigações soberanas portuguesas permanecer estável durante o segundo semestre, em comparação com a apreciação significativa no semestre anterior”, sublinham.
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