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De ‘anti-cripto’ a ‘cripto-friendly’. Santander Totta já permite transferências para contas de criptomoedas

Há cerca de duas semanas, clientes do Santander Totta que investem em moedas virtuais foram impedidos de receber em euros o dinheiro em criptomoeda. Esta situação encontra-se ultrapassada.
24 Janeiro 2018, 16h54

Depois de ser catalogado por “banco anti-cripto”, o Santander Totta já autorizou os clientes a realizarem transferências para contas bancárias associadas a plataformas de moedas virtuais. A entidade bancária informou os clientes, através de email, de que o inconveniente com as operações se encontrava resolvido:

“Neste momento a situação está esclarecida e ultrapassada, pelo que Vossa Excelência poderá proceder a este tipo de transferências bancárias, caso assim o entenda”, garantiu o Santander Totta a João Nogueira, segundo uma mensagem a que a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) teve acesso.

O cidadão não conseguia prosseguir com a transação para a conta da Coinbase por causa da “necessidade de informação adicional com vista ao bom cumprimento das obrigações legais a que o banco está sujeito, à maior segurança das operações e proteção dos seus clientes”.

Há cerca de duas semanas, clientes do Santander Totta que investem em moedas virtuais foram impedidos de receber em euros o dinheiro em criptomoeda, uma vez que o banco lhes barrava transferências em euros para as suas contas bancárias de valores oriundos de bolsas da SEPA (Área Única de Pagamentos em Euros), tal como avançou o “Diário de Notícias/Dinheiro Vivo”.

“O Banco Santander Totta não processa transferências com origem em negócios relacionados com bitcoin. Isto significa que qualquer transferência para o seu banco seria rejeitada e devolvida para a Bitstamp”, explicava uma carta enviada pela empresa de câmbio Bitstamp a um cliente do banco liderado por António Vieira Monteiro.

Questionados sobre a possibilidade de fazer transferências para contas associadas a plataformas de moedas digitais, a Caixa Geral de Depósitos, o Montepio e Novo Banco garantiram à DECO que não há impedimentos. O Millennium bcp, o BPI e o BIC não responderam em tempo útil.

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