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De Merkel a Vestager. Esta é a dream team do FT para ocupar os cargos de topo na Europa

O Financial Times escolheu vários nomes para integrar uma equipa de sonho para liderar as principais instituições europeias nos próximos anos.
28 Junho 2019, 15h26

Os governos europeus andam a discutir por estes dias os nomes que vão ocupar lugares de topo nas principais instituições comunitárias.

Os líderes europeus vão reunir-se em Bruxelas no fim de semana para escolher os novos líderes. A União Europeia precisa de novos presidentes para a Comissão Europeia, o Conselho Europeu, o parlamento europeu, o Banco Central Europeu (BCE), e também um novo líder para a política externa.

Mas quem escolher para liderar as principais instituições da União Europeia, e da zona euro, para os próximos anos, que se afiguram difíceis com o Brexit à porta, crise de refugiados, um presidente norte-americano imprevisível.

O Financial Times escolheu vários nomes para integrar uma equipa de sonho (“dream team”) para liderar a Europa.

Para começar, o nome mais relevante: Angela Merkel para presidente do conselho europeu, cargo ocupado por Donald Tusk. “A chanceler alemã tem o respeito dos seus homólogos e é personalidade mundial”, aponta o FT. “É paciente e resiliente” e “manteve a União Europeia a ir para a frente em tempos de dificuldades”.

Outras qualidades incluem o respeito pelas “regras da ordem internacional que a União Europeia deve reparar e proteger”.

Outra das estrelas desta equipa é a dinamarquesa Margrethe Vestager que tem liderado a toda poderosa Direção Geral da Concorrência (DGComp) da Comissão Europeia. “A senhora Vestager daria uma excelente chefe da Comissão Europeia”.

Tem enfrentado multinacionais como a Google e a Apple, mas também “Paris e Berlim para proteger os consumidores europeus”. “A dinamarquesa tem integridade, coragem, instinto, e uma visão estratégica e moderna. Ela transformaria a Europa numa super potência regulatória, mas não protecionista. Esqueçam o senhor Trump”, defende o FT.

Erkki Liikanen é outro dos trunfos em cima da mesa. O finlandês “pode não ter a imaginação monetária e a compreensão técnica do francês Benoît Coeuré. Mas provavelmente seria um melhor presidente do BCE, provavelmente o posto mais importante de todos”.

“Ele manteve-se irredutível com Mario Draghi no abraço do BCE à política monetária não-convencional. Ele tem a experiência política e as qualidade de liderança para vender a política do BCE aos cépticos europeus do norte”, segundo o FT.

Já a búlgara Kristalina Georgieva “seria uma competente responsável pela política externa”, escreve o FT sobre a número dois do Banco Mundial.

“Muito nórdico, sem franceses e sem sulistas. É fácil questionar este alinhamento”, concede o jornal britânico. “Mas há outros lugares de topo que precisam de ser preenchidos. E a Europa precisa de um sonho”.

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