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Defesa do sobreiro faz-se este sábado nas ruas de Lisboa

O movimento de cidadãos Vamos Salvar os Sobreiros reage ao abate dos 1821 árvores no Parque Eólico da EDP em Morgavel, Sines, e denuncia projetos que vão liquidar mais de 80 mil sobreiros e azinheiras no país.
26 Agosto 2023, 09h30

O movimento “susten” manifesta-se este sábado, 26 de Agosto, em defesa do sobreiro, reagindo um dia depois ao comunicado do Governo relativo às compensações por abate dos 1.821 sobreiros no Parque Eólico da EDP em Morgavel, Sines.

“Os sobreiros de Morgavel são uma família – uns jovens, outros adultos, outros centenários, todos contribuem para o equilíbrio ecológico daquele local. Os benefícios que trazem são múltiplos: alguns são passíveis de contabilização, como os associados à produção de cortiça, outros não, como a sua capacidade de resistir ao fogo e à seca, fixar o solo (impedindo a desertificação) e manter a sua qualidade (em humidade e nutrientes)”, justificam.

A marcha/manifestação tem início pelas 12h00  no alto do Parque Eduardo VII, desce a Avenida da Liberdade, sobe a Rua Garret e continua pela Calçada do Combro em direção à secretaria-seral do Ministério do Ambiente na Rua de O Século 63, onde permanecerá durante uma hora. Segue depois para o Jardim do Príncipe Real, onde termina.

O protesto é a resposta do coletivo ao pacote de medidas anunciadas pelo governo – que incluem mais mudas de árvores, a relocalização de parte da plantação prevista de Tavira para Sines, e a criação de um grupo de trabalho pro bono que de agora até 31 de dezembro se irá debruçar “aturadamente” sobre o assunto.

As medidas anunciadas estão longe de atender às reais necessidades e vontades dos cidadãos, salienta a porta-voz do movimento, Avani Ancok.: “nós queremos manter, proteger, preservar e cuidar destes sobreiros, como de todos valores vivos da terra, pois só assim cuidaremos de nós mesmos, do nosso futuro e do das novas gerações”.

E prossegue: “Assim também pensa o Governo, que emitiu leis a proteger o sobreiro e a declarou árvore símbolo nacional – até surgirem as DIUP (Declarações de Imprescindível Utilidade Pública), dadas a projetos e implicando o abate de mais de 80 mil sobreiros e azinheiras pelo país”.

 

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